Inflação «come» salários e pensões

O PCP reagiu à divulgação pelo INE dos dados relativos à inflação no mês de Novembro, fixada em 9,9 por cento e reafirmou a urgência de valorizar salários e pensões e controlar preços de bens e serviços essenciais.

Os grupos económicos lucram à custa da degradação das condições de vida da maioria

«O rolo compressor dos direitos que representa a política do Governo PS e a acção do PSD, do CDS, do Chega e da IL, precisa de ser travado». Necessário é, igualmente, «denunciar e combater a política que usando sucessivos pretextos – troika, pandemia, guerra e outros – procura impor mais exploração e empobrecimento», considera o PCP, que insiste na urgência da «valorização dos salários e pensões, dos serviços públicos», e da «promoção do investimento e da produção nacional».

O Partido reagiu à inflação no mês de Novembro divulgada pelo INE, que ascende a 9,9 por cento. A pressionar o índice estão o crescimento dos preços da energia (24,8%) e alimentos (18,4%) e a inflação acumulada ao longo dos onze primeiros meses do ano é já de 7,7%.

Ora, segundo as previsões, no final deste ano a inflação deve superar os 8 %, o que representará para milhões de trabalhadores e reformados um corte real no seu poder de compra», prevendo-se uma perda total «equivalente a um salário ou a uma pensão», salienta o PCP, para quem importa ainda notar que, em 2023, «nada indica que não se prolongue a escalada dos preços, incluindo pelo aproveitamento que os grupos económicos estão a fazer do actual enquadramento internacional».

Pelo contrário, prossegue-se no comunicado divulgado, dia 30 de Novembro, pelo gabinete de imprensa, «os aumentos de preços já anunciados para o início do ano, conjugados com o aumento das taxas de juro, com forte impacto no custo da habitação, ameaçam aprofundar o empobrecimento».

«Perante esta realidade, numa atitude alinhada com os interesses do grande capital, o Governo ao mesmo tempo que recusa a valorização dos salários e das pensões e a regulação dos preços dos bens e serviços essenciais, designadamente na energia, na alimentação ou na habitação, promove a transferência de recursos públicos para os grupos económicos (benefícios fiscais, fundos comunitários, PPP, etc), alimentando os lucros escandalosos que estes têm apresentado», de que serve de exemplo «os mais de 3000 milhões de euros de lucros alcançados só nos primeiros 9 meses do ano por parte dos grupos económicos do PSI – 20», conclui-se.





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