Enquanto crescem lucros e miséria o Governo «assobia para o lado»

«A situação hoje é aquela que o PCP alertou que iria ser, caso não fossem tomadas medidas», lamentou Paulo Raimundo, que na quinta-feira, 1, na Nazaré, apelou à luta face aos objectivos daqueles que tentam «convencer que vamos ter de continuar a viver pior».

«Isto não tem, não pode e não vai continuar assim», garantiu Paulo Raimundo

O Secretário-geral do PCP interveio no encerramento de um almoço-comício em Valado dos Frades, freguesia do concelho da Nazaré que a CDU venceu nas últimas eleições autárquicas.

A moldura humana que compareceu à iniciativa (cerca de 350 pessoas), o bom ambiente registado e a disponibilidade demonstrada na sua preparação e funcionamento, que ultrapassou as fronteiras da militância, sugerem que as potencialidades de aumento da influência dos comunistas e dos seus aliados na freguesia, no concelho e no distrito, não se esgotaram nas urnas há cerca de um ano. Aliás, o facto não escapou a Paulo Raimundo, que no seu discurso deixou as primeiras palavras para «aqueles que, não sendo ainda do Partido, aqui estão connosco porque sabem, independentemente de diferenças que possam existir, que este é também o seu Partido - o Partido do trabalho, da seriedade e da verdade».

Antes, já o presidente da Junta de Freguesia, Samuel Oliveira, e João Delgado, dos organismos executivos da Direcção da Organização Regional de Leiria do PCP (DORLEI), tinham assinalado algumas razões que sustentam o aumento da disponibilidade e do reconhecimento do Partido. Este último, detalhando o quotidiano de profunda ligação aos problemas, anseios e aspirações dos trabalhadores e do povo, como foram o caso de lutas que tiveram na primeira fila os comunistas: a dinamizar, a denunciar, a propor soluções para os problemas dos que vivem da pesca ou da agricultura familiar, dos que reclamam por mais médicos de família, unidades de saúde de proximidade e um hospital no Sul do distrito, dos que exigem melhores transportes e a requalificação da Linha do Oeste em toda a sua extensão, dos que, nas empresas e locais de trabalho, reivindicam melhores salários e o cumprimento dos direitos.

 

O PCP teve e tem razão

Ora, se muitos dos problemas que afectam vastas camadas e sectores não só se mantiveram como se agravaram, a responsabilidade é do PS e do seu Governo, considerou Paulo Raimundo, acusando-os de optarem «pela chantagem, pelo deslumbre do poder absoluto», pela «política de baixos salários, de precariedade, de degradação dos serviços públicos, de desordenamento do território, de dificuldades no acesso à habitação».

O Secretário-geral do PCP particularizou alguns destes aspectos, designadamente a situação que se vive no SNS, feita da conjugação de «desinvestimento, desvalorização dos profissionais, encerramento de serviços» com a transferência «para o negócio da doença de milhares de milhões de euros»; e em relação à pobreza, «que afecta 2 milhões e 300 mil pessoas, 700 mil dos quais trabalhando».

Para o dirigente comunista, combate-se a pobreza com uma política «que tenha como objectivo acabar com ela», sublinhou, lembrando que a resignação não é, igualmente, solução «face às 388 mil criança que estão em risco de pobreza ou exclusão social».

 



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