Governo anula descida do preço dos combustíveis
O PCP acusa o Governo de insensibilidade ao fazer, na segunda-feira, uma revisão fiscal do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP), que, ao contrário do esperado, teve como consequência o aumento dos combustíveis.
É preciso enfrentar os interesses dos grupos económicos
«Perante o elevado custo dos combustíveis e o agravamento das condições de vida», o Executivo PS«deveria ter tido a sensibilidade e evitar o aumento dos preços dos combustíveis», mas «ainda vai a tempo de intervir e de o travar», salientou Paula Santos, da Comissão Política do PCP, numa declaração proferida anteontem, 5 de Dezembro.
Como «a realidade tem vindo a demonstrar», a também líder parlamentar comunista considerou ainda que «a intervenção somente no plano fiscal é muito insuficiente», sendo «preciso ir mais longe» e «enfrentar os interesses dos grupos económicos», que «continuam a ter lucros chorudos à custa dos trabalhadores e do povo». Deu como exemplo os 600 milhões de euros de lucro da Galp nos primeiros meses do ano.
Neste sentido, assegurou Paula Santos, «o PCP vai continuar a intervir, com propostas concretas, no sentido de fixar e controlar os preços dos combustíveis e dos bens essenciais», removendo «todos os mecanismos especulativos da formação de preços».