A cultura é factor de emancipação e realização

É justo que quem cria e trabalha em Cultura esteja condenado à precariedade e à instabilidade permanente, como ficou claramente patente durante o período da epidemia? É aceitável que em Portugal a fruição de bens culturais continue em grande medida inacessível à maioria dos portugueses?

A Cultura é instrumento de desenvolvimento pessoal e colectivo, factor de realização e emancipação humana, garante da democracia e da soberania nacional. Não pode ser, como tem sido, assumida como um privilégio de alguns, um adorno para mostrar, mais uma área de negócio a ser rentabilizada.

Também neste caso é de opções políticas que falamos – e de luta. Não se pode aceitar a imposição de um pensamento único e as tentativas de limitar a liberdade e diversidade culturais. Há que dar combate ao desinvestimento, à desvalorização, ao condicionamento e segregação de artistas e outros profissionais. É preciso valorizar salários e direitos, combater a exploração e a precariedade, aumentar o investimento público e assegurar o direito à livre criação e fruição culturais.

 

++ PROPOSTAS ++

- Consagrar 1% do OE para a Cultura

- Criar um efectivo Serviço Público de Cultura, elemento central de responsabilização pública pelo desenvolvimento, democratização e liberdade cultural.

 



Mais artigos de: Em Destaque

Faz das injustiças força para lutar

Baixos salários, reformas e pensões; precariedade laboral, horários longos e desregulados, dificuldade em conciliar a vida profissional com a familiar; aumento do custo de vida insuportável para a grande maioria; défices produtivo, alimentar e demográfico; pobreza elevada e crescente; direitos...

Valorizar salários é emergência nacional

Estamos condenados aos salários baixos, ao aumento da exploração dos trabalhadores, às crescentes desigualdade sociais e ao agravar da pobreza? É justo que os grandes grupos económicos acumulem milhões de euros de lucros ao mesmo tempo que se acentuam as desigualdades em consequência do aumento brutal do custo de vida?

Envelhecer com qualidade de vida

Como se pode tolerar que não sejam valorizadas as pensões e reformas de quem trabalhou uma vida inteira – tantas e tantas delas que mal dão para sobreviver –, e o Governo tenha mesmo a intenção de as cortar e assim impedir a sua dignificação e o direito a envelhecer com qualidade de vida?

Ter casa para morar não pode ser um luxo

É aceitável viver no sobressalto de perder a habitação por impossibilidade de pagar ao senhorio o aumento da renda ou de pagar ao banco a mensalidade do crédito que se contraiu devido à subida dos juros? Ou não poder, como sucede à generalidade dos jovens, sequer aceder à habitação porque assim o não deixam as rendas especulativas e os juros proibitivos?

Crianças e pais com direitos

Onde está a conciliação entre a vida profissional e familiar, quando o trabalhador está sujeito a longas jornadas de trabalho e a bancos de horas, que desregulam o seu quotidiano, pouca margem deixam para descanso, e comprometem até o acompanhamento dos filhos?

Mais mobilidade para mais direitos

Onde está o direito à mobilidade quando o movimento pendular diário de quem se desloca de casa para o trabalho se transforma num calvário de perda de horas e dores de cabeça, ora porque o transporte não aparece, ora porque vem atrasado, ora porque o insuficiente número de carreiras obriga a condições de (des)conforto semelhantes às de sardinha em lata?

Afirmar os valores de Abril

Como seria o País sem esta Constituição, nascida desse acto libertador que foi a Revolução de Abril, sem os direitos e liberdades nela consagrados?

Público é de todos, privado é só de alguns

É com meses de espera para obter uma consulta de especialidade ou para fazer um exame, com profissionais de saúde exaustos e não valorizados, com o fecho de serviços que se garante o direito à Saúde que a nossa Constituição consagra? É aceitável que mais um ano lectivo se tenha iniciado com milhares de alunos sem professor? E que quem ensina as nossas crianças não veja reconhecido o valor social do seu trabalho?

O ambiente não pode ser um negócio

Está o País a fazer o que é preciso para prevenir e enfrentar os problemas ambientais e as alterações climáticas? Estará mesmo no «mercado» a solução para estas graves ameaças?

Pôr o País a produzir

Faz sentido que os recursos e potencialidades do País não sejam plenamente aproveitados e se mantenham défices estruturais e preocupantes níveis de dependência do exterior, como é o caso da produção de bens alimentares?

Paz, soberania e progresso social

Devem as autoridades portugueses continuar submissas aos ditames e interesses das grandes potências da NATO e da UE? Não será demasiado alto, também para o nosso povo, o preço da política de confrontação, guerra e sanções?

Este país tem de ser para jovens

Que esperança e futuro construímos, quando aos jovens trabalhadores é negado o direito a um salário digno e um vínculo estável, ou, aos estudantes, são negadas condições dignas nas escolas e erguidas barreiras no acesso ao Ensino Superior?

Há soluções e há alternativa – e o PCP tem-nas

Para todos estes graves problemas o PCP tem respostas, tem soluções! Soluções, muitas delas, que se encontram vertidas nas suas cerca de 400 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2023, a juntar às muitas outras que estão para além deste e que, de forma contínua e persistente, tem vindo a apresentar....