Paz, soberania e progresso social

Devem as autoridades portugueses continuar submissas aos ditames e interesses das grandes potências da NATO e da UE? Não será demasiado alto, também para o nosso povo, o preço da política de confrontação, guerra e sanções?

Nos tempos em que vivemos, a defesa da paz ganha uma importância acrescida. Para lá das suas consequências para os povos que a sofrem (a morte, o sofrimento, a destruição), a política de confrontação e agressão que há muito é levada a cabo pelos EUA, NATO e UE afecta a maioria da Humanidade: pelo desvio de avultados recursos para armamento e contingentes militares – que depois faltam na saúde ou na educação; pelos bloqueios e sanções que fazem disparar preços – mas também lucros; pelas ameaças que fazem pairar sobre o futuro.

É preciso alargar a luta contra o fascismo e a guerra; contra as agressões e ingerências do imperialismo; contra o militarismo e a corrida armamentista; contra o alargamento da NATO e pela sua dissolução; contra a militarização da União Europeia; por acordos de controlo, limitação de armamentos e a abolição das armas nucleares; pelo fim das sanções e dos bloqueios; por uma nova ordem internacional de paz, soberania e progresso social. É urgente a solidariedade com os povos.

Exige-se o fim da instigação da guerra na Ucrânia e a abertura de vias de negociação, visando uma solução política para o conflito, a resposta aos problema da segurança colectiva e do desarmamento e o cumprimento dos princípios da Carta da ONU e da Acta Final da Conferência de Helsínquia.

 

++ PROPOSTAS ++

- Cumprimento do artigo 7.º da Constituição da República

- Uma política externa independente, de paz e cooperação com todos os povos.

 



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Faz das injustiças força para lutar

Baixos salários, reformas e pensões; precariedade laboral, horários longos e desregulados, dificuldade em conciliar a vida profissional com a familiar; aumento do custo de vida insuportável para a grande maioria; défices produtivo, alimentar e demográfico; pobreza elevada e crescente; direitos...

Valorizar salários é emergência nacional

Estamos condenados aos salários baixos, ao aumento da exploração dos trabalhadores, às crescentes desigualdade sociais e ao agravar da pobreza? É justo que os grandes grupos económicos acumulem milhões de euros de lucros ao mesmo tempo que se acentuam as desigualdades em consequência do aumento brutal do custo de vida?

A cultura é factor de emancipação e realização

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Envelhecer com qualidade de vida

Como se pode tolerar que não sejam valorizadas as pensões e reformas de quem trabalhou uma vida inteira – tantas e tantas delas que mal dão para sobreviver –, e o Governo tenha mesmo a intenção de as cortar e assim impedir a sua dignificação e o direito a envelhecer com qualidade de vida?

Ter casa para morar não pode ser um luxo

É aceitável viver no sobressalto de perder a habitação por impossibilidade de pagar ao senhorio o aumento da renda ou de pagar ao banco a mensalidade do crédito que se contraiu devido à subida dos juros? Ou não poder, como sucede à generalidade dos jovens, sequer aceder à habitação porque assim o não deixam as rendas especulativas e os juros proibitivos?

Crianças e pais com direitos

Onde está a conciliação entre a vida profissional e familiar, quando o trabalhador está sujeito a longas jornadas de trabalho e a bancos de horas, que desregulam o seu quotidiano, pouca margem deixam para descanso, e comprometem até o acompanhamento dos filhos?

Mais mobilidade para mais direitos

Onde está o direito à mobilidade quando o movimento pendular diário de quem se desloca de casa para o trabalho se transforma num calvário de perda de horas e dores de cabeça, ora porque o transporte não aparece, ora porque vem atrasado, ora porque o insuficiente número de carreiras obriga a condições de (des)conforto semelhantes às de sardinha em lata?

Afirmar os valores de Abril

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Público é de todos, privado é só de alguns

É com meses de espera para obter uma consulta de especialidade ou para fazer um exame, com profissionais de saúde exaustos e não valorizados, com o fecho de serviços que se garante o direito à Saúde que a nossa Constituição consagra? É aceitável que mais um ano lectivo se tenha iniciado com milhares de alunos sem professor? E que quem ensina as nossas crianças não veja reconhecido o valor social do seu trabalho?

O ambiente não pode ser um negócio

Está o País a fazer o que é preciso para prevenir e enfrentar os problemas ambientais e as alterações climáticas? Estará mesmo no «mercado» a solução para estas graves ameaças?

Pôr o País a produzir

Faz sentido que os recursos e potencialidades do País não sejam plenamente aproveitados e se mantenham défices estruturais e preocupantes níveis de dependência do exterior, como é o caso da produção de bens alimentares?

Este país tem de ser para jovens

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Há soluções e há alternativa – e o PCP tem-nas

Para todos estes graves problemas o PCP tem respostas, tem soluções! Soluções, muitas delas, que se encontram vertidas nas suas cerca de 400 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2023, a juntar às muitas outras que estão para além deste e que, de forma contínua e persistente, tem vindo a apresentar....