Luta nos CTT por melhores condições
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações está a realizar acções nas capitais de distrito e Regiões Autónomas para denunciar e informar a população sobre a degradação dos CTT e do serviço postal.
Amanhã, 16, o SNTCT estará junto às Portas da Cidade de Ponta Delgada, entre as 10h30 e as 12h00. Iniciativas semelhantes aconteceram, nos últimos dias, na Horta (14), Angra do Heroísmo (13), Setúbal (9), Faro (8) e Aveiro (31 de Agosto).
As acções – que se estão a realizar desde 16 de Agosto – têm como objectivo alertar, designadamente, para o esforço sobre-humano a que os trabalhadores dos CTT estão a ser sujeitos. Segundo contas feitas pelo sindicato afecto à Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), em falta estão mais de 750 carteiros e 250 técnicos de negócio e gestão. A administração da empresa diz que faltam só 80.
«A aceitação e solidariedade por parte da população tem vindo a ser uma constante. As queixas que nos apresentam deviam envergonhar quem gere os CTT rumo ao buraco», bem como o «Governo e o seu primeiro-ministro pela covardia política de, ao invés de renacionalizarem os CTT, terem virado costas aos interesses dos portugueses, oferecendo um contrato de concessão leonino à gestão privada dos CTT, como prémio pelo mau serviço prestado», acusa o SNTCT.
Inverdades
Em nota de 8 de Setembro, a Fectrans condenou entretanto as «inverdades» proferidas pela administração dos CTT – quer na Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, quer em sede de Audição Parlamentar na Assembleia da República – quando afirmou ter dificuldades em pagar salários justos, que permitam a reposição do poder de compra aos trabalhadores. Se as tivessem «não embolsavam directa ou indirectamente 36 milhões de euros dos 38 milhões de euros de lucro obtidos em 2021, enquanto que para salários e investimentos deixaram apenas dois milhões», salienta a federação, que apela a «uma resposta firme» dos trabalhadores.