A acção é promovida pela União dos Sindicatos de Lisboa (no âmbito de uma campanha nacional da CGTP-IN), com a plataforma Lisboa em Defesa do SNS.

«O SNS sofre as consequências de políticas levadas a cabo por sucessivos governos (PS, PSD e CDS), sendo um dos problemas mais graves e visíveis a falta de profissionais de saúde, que se foi agravando, dada a sua desvalorização profissional e as más condições de trabalho, o que leva a que muitos emigrem ou se transfiram para o sector privado», afirma a CGTP-IN, em nota de 1 de Setembro.

Como acentua a Intersindical, «os problemas estão à vista» e têm «impactos gravíssimos no acesso da população aos serviços de saúde: serviços de urgência hospitalares encerrados; aumento das listas de espera para consultas da especialidade e cirurgias; encerramento/fusão de serviços hospitalares; redução de camas; falta de equipamentos clínicos». «É neste contexto que os grupos privados ligados à saúde querem aproveitar, mais uma vez, a oportunidade de negócio e reclamam agora o aumento da transferência de cirurgias, exames complementares de diagnóstico e tratamentos, apropriando-se de centenas de milhões de euros do Orçamento que deveriam ser investidos no SNS», constata a CGTP-IN. A isto junta-se a aprovação recente pelo Governo do Estatuto do SNS, que subverte a Lei de Bases da Saúde e «abre espaço para o crescimento dos sectores privado e social, que deveriam ter um carácter meramente supletivo».

Apelo

O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) – membro da Plataforma Lisboa em Defesa do SNS – apela à participação das mulheres na manifestação de hoje, de forma a «demonstrar» o seu «descontentamento» e «dizer que o SNS tem que cumprir o seu insubstituível papel nos cuidados de saúde».