No PCP são bem-vindos os que vierem por bem

Os ca­mi­nhos que guiam os mi­li­tantes até ao Par­tido, ainda que se­me­lhantes, são muito va­ri­ados. Não existe idade, mo­tivo es­pe­cí­fico, ca­minho, re­gião do País ou con­di­ções fa­mi­li­ares que de­ter­minem se uma pessoa se tor­nará mi­li­tante ou não. Um jovem que co­meça a tra­ba­lhar e de­para-se com a ex­plo­ração e com as bru­tais con­di­ções da vida la­boral ou um outro que trava ami­zade com um amigo co­mu­nista e, de re­pente, per­cebe que tudo o que ouviu ao longo da sua vida acerca do PCP não cor­res­ponde à ver­dade, são, esta se­mana, as his­tó­rias dos mi­li­tantes que con­ver­saram com o Avante!.

Ca­ro­lina é de Cas­cais. Exerce como psi­có­loga e tem 32 anos. Quando ques­ti­o­nada acerca da pri­meira vez em que ouviu falar do PCP, res­ponde, ra­pi­da­mente, que pro­va­vel­mente foi «na­quele seio fa­mi­liar em que só falam mal dos co­mu­nistas». Mais tarde, em 2018, con­tactou pela pri­meira vez com o «real PCP», não apenas com as «ila­ções que vá­rias pes­soas tiram do Par­tido». Conta que foi através de uma amiga, mi­li­tante do Par­tido há vá­rios anos, que passou a co­nhecer muitas coisas sobre o PCP. Com ela teve muitas con­versas e aprendeu bas­tante.

Conta, também, que já tinha ido à Festa do Avante! para as­sistir a um con­certo, apenas. Mas em 2018, a con­vite dessa sua amiga, foi a vá­rias jor­nadas de tra­balho e co­meçou a con­tactar com muitas mais pes­soas, a per­ceber uma série de coisas que lhe fa­ziam muito sen­tido. Passo a passo, co­meçou a par­ti­cipar nou­tros con­textos, como co­mí­cios e ma­ni­fes­ta­ções, as co­me­mo­ra­ções do 25 de Abril e a ma­ni­fes­tação do 1.º de Maio.

Em Março, chegou o mo­mento de se ins­crever. Ex­plica que foi essa «apro­xi­mação aos poucos», bem como ter-se jun­tado ao Sin­di­cato Na­ci­onal dos Psi­có­logos e as úl­timas elei­ções le­gis­la­tivas, que lhe per­mitiu aper­ceber-se do cres­ci­mento da ex­trema-di­reita. Vol­vidos quatro meses, afirma que o PCP é o único par­tido que lhe faz sen­tido, com o qual se iden­ti­fica: «pelas pes­soas que nele mi­litam, pelas po­si­ções, pela luta de anos e anos e pela co­e­rência».

Neste mo­mento, Ca­ro­lina está or­ga­ni­zada no Sector In­te­lec­tual de Lisboa e ex­plica que tudo su­cede como de­se­java: aprender e con­tri­buir. Em re­lação à sua in­te­gração, conta que não tinha dú­vidas, mas que está a ser «muito bem re­ce­bida por todos os ca­ma­radas», os quais são, de forma geral, «muito dis­po­ní­veis e re­cep­tivos às ideias novas e à dis­cussão». Só la­menta, de mo­mento, não con­se­guir par­ti­cipar mais.

«Se que­remos ter algum im­pacto com a nossa par­ti­ci­pação so­cial e po­lí­ticas, acho que faz sen­tido fazê-lo de forma or­ga­ni­zada. O me­lhor sítio para isso é o PCP», afirma.

Vítor, por seu lado, tem 23 anos. É li­cen­ciado em His­tória Mo­derna e Con­tem­po­rânea e tra­balha em apoio ao cli­ente. O jovem, na­tural de Sintra, ex­plica que ao longo do tempo foi apren­dendo mais sobre o que é o mar­xismo-le­ni­nismo e o co­mu­nismo. Com 17 anos, re­co­nhece que, em termos de vida la­boral, só tinha noção da si­tu­ação dos pais. Foi quando co­meçou a tra­ba­lhar que «abriu os olhos».

«Acho que viver a vida de tra­ba­lhador cons­ci­en­ci­a­liza ainda mais para o que deve ser a de­fesa dos nossos di­reitos», afirma.

Vítor ins­creveu-se no Par­tido há apenas dois meses, mas já sabe que aquele é «o sítio com o qual se iden­ti­fica e onde gosta de per­tencer». Ser mi­li­tante do PCP, para ele, é uma forma de par­ti­cipar na luta, de aprender e ter al­guma «agência sobre o fu­turo».

 



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