O PCP promoveu recentemente um encontro do seu subsector do Ensino Superior do Porto, nas instalações da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação daquela universidade. Professores e investigadores daquela e de outras instituições de Ensino Superior da cidade, públicas e privadas, debateram a precariedade docente.

Segundo dados divulgados pela Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, há no Porto mais de 2000 docentes contratados através de vínculos precários, tais como contratos a termo, recibos verdes e até contratos sem remuneração. Parte significativa das faculdades da Universidade do Porto tem, neste momento, muito mais de um terço dos professores de carreira como «convidados» e «visitantes», verificando-se o recurso abusivo a investigadores contratados.

No Instituto Politécnico do Porto, o número de professores contratados ultrapassa os 70 por cento e nas instituições privadas a situação é, em regra, ainda mais grave. Em todos os casos, fica em causa não só a estabilidade profissional como a própria missão das universidades e politécnicos.

O PCP reafirmou o compromisso de continuar a denunciar esta grave situação e muitos dos professores e investigadores presentes manifestaram a sua solidariedade para encetar e participar em processos reivindicativos pelo fim da precariedade.