Governo opta pelo «regresso dos cortes»

«A recusa do aumento dos salários e das pensões significará o regresso dos cortes, agora não por via de uma decisão formal mas da perda real de poder de compra», alerta o PCP, que em nota de imprensa de reacção às iniciativas anunciadas pelo Governo, considera que estas «fogem ao que de essencial se exige quanto ao combate à especulação e à subida dos preços».

«A resposta imediata ao aumento do custo de vida reclama medidas de controlo e fixação de preços e o aumento de salários e pensões», insistem os comunistas. Pelo que, ao recusá-las, o executivo do PS toma iniciativas «ineficazes» e «ultrapassadas a curto prazo» e, pior, deixa «campo aberto à especulação que está na sua origem».

Os insuficientes aumentos no Salário Mínimo Nacional e nas pensões, decididos anteriormente, foram já absorvidos pela inflação, adverte igualmente o Partido, que relativamente à redução de impostos lembra que algumas medidas fiscais tinham sido por si propostas há dias.

Contudo, realça-se, «ao optar por reduzir impostos sem fixar preços máximos (como nos combustíveis), o Governo permite que os grupos económicos continuem a aumentar os preços de forma especulativa, (…) colocando as receitas fiscais a subsidiarem os seus lucros».

«Relativamente à actividade produtiva, mais importante do que adiar prazos para pagamento de impostos ou contribuições para a Segurança Social, é absolutamente urgente (…) travar o agravamento dos custos dos factores de produção» e as «margens de intermediação da grande distribuição», afirma o PCP, que concluiu que «a instigação e o aproveitamento da guerra e das sanções – na senda do aproveitamento que alguns fizeram dos impactos da epidemia – só pode ser combatido com uma inversão de políticas que, em vez de protegerem os lucros das grandes empresas, proteja o poder de compra dos trabalhadores, dos reformados e a actividade das MPME».



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