Alterar o PDM é prova de especulação com terrenos da refinaria de Matosinhos
Trata-se de «mais um passo no favorecimento da especulação imobiliária que a GALP pretende operar nos terrenos da refinaria», alerta o PCP relativamente à revisão do Plano Director Municipal (PDM) apresentada pela CM de Matosinhos.
Mais um passo no favorecimento da manobra da GALP
A proposta, apresentada pelo executivo PS na autarquia em articulação com o Governo (através da CCDR-Norte), vai merecer o voto contra do Partido, anunciou a Comissão Concelhia de Matosinhos. Isto porque a alegada necessidade de alterar a área de protecção da refinaria face à «necessária evolução de modelos de ocupação territorial, antes não possíveis de pressupor», esbarra na informação «prestada pela própria GALP e reiterada pela CM de Matosinhos», segundo as quais «irão manter-se no local estruturas logísticas e de armazenamento de combustível e outros derivados de petróleo».
Acresce, sustenta o PCP em comunicado divulgado dia 6, que «as intenções da GALP para aqueles terrenos ainda não foram sustentadas por nenhum projetco em concreto». Ou seja, na prática «a proposta de alteração do PDM de Matosinhos, agora apresentada, significa mais um passo no favorecimento da manobra de especulação imobiliária que a GALP pretende operar nos terrenos da refinaria».
Por outro lado, os comunistas matosinhenses insistem que «a situação que o País atravessa, o agravamento da nossa dependência externa de produtos petrolíferos, designadamente refinados, o aumento galopante dos preços desses mesmos produtos e o impacto que tudo isto tem na vida económica e social do País, obrigam a que se tomem medidas para a reabertura da refinaria de Leça da Palmeira».