Um PCP mais forte nas empresas de Lisboa

Sob o lema «O PCP e a luta pela defesa dos direitos dos trabalhadores», a Organização Regional de Lisboa (ORL) realizou, dia 6 de Novembro, um encontro de camaradas de células de empresa e de local de trabalho.

Os comunistas conhecem os trabalhadores, os seus problemas e aspirações

O objectivo da iniciativa foi dinamizar a ligação e influência do Partido junto dos trabalhadores e dar prioridade ao seu reforço, algo que Luís Fernandes sinalizou logo na abertura dos trabalhos. O membro da Direcção da ORL abordou, ainda, a ofensiva do capital e o papel dos comunistas nas empresas e locais de trabalho e no movimento sindical unitário, visando o desenvolvimento da acção reivindicativa.

Nesse sentido, o Encontro, que decorreu no Auditório do Hotel Roma e no qual foi aprovado um texto final, fixou a necessidade do funcionamento regular das células, com atenção especial àquelas constituídas na campanha das 100 novas células, a responsabilização de quadros, o desenvolvimento das campanhas de recrutamento e de quotização e a integração dos novos militantes. Com carácter imediato, salientou-se a necessidade de elaborar, em cada célula, um plano de intervenção para as eleições de 30 de Janeiro de 2022, para a afirmação das propostas programáticas do Partido e dos oito aspectos prioritários da política patriótica e de esquerda.

Ao longo de quase todo o dia foram feitas cerca de 30 intervenções, mostrando que os comunistas conhecem os trabalhadores, os seus problemas e aspirações e estão determinados a encontrar caminhos que contribuam para a sua superação.

«Com a mão na massa»

Na Câmara de Lisboa, Vítor Reis, da célula do Partido, salientou as implicações negativas da gestão PS/BE, enquanto que José Pereira, da INCM, destacou as reivindicações e a importância do boletim de célula e Francisco Teófilo, das tecnologias de informação, organização criada na campanha das 100 novas células, definiu a sindicalização como prioridade.

Ana Sofia Correia abordou o trabalho da ORL na constituição de 22 novas células e o trabalho para atingir o objectivo de criar 43 novas células, ao passo que Ana Gusmão, Carlos Chaparro e Carlos Prazeres trataram, respectivamente, de dar conta das lutas agendadas, da batalha ideológica, da degradação do serviço público postal e da exigência do seu retorno à esfera pública.

As dificuldades do trabalho de uma célula em empresas que funcionam por turnos estiveram em destaque nas intervenções de Miguel Silva, da Fima/Ola, e Catarina Cardoso, da CP. Já Jorge Canadelo, da CGD, enfatizou a importância do trabalho unitário e Isabel Bona Pinto os despedimentos na banca.

As conquistas dos trabalhadores da Administração Local e a luta que prossegue foram realçadas na intervenção de Carlos Fernandes, da Câmara Municipal/SMAS de Sintra e dirigente do STAL, tendo, por seu lado, Joana Nascimento falado sobre a estruturação da célula da Câmara e SMAS de Loures, e Luís Vieira e Jorge Carvalho do papel dos comunistas e do seu boletim na CM de Vila Franca de Xira.

A feroz exploração dos trabalhadores da limpeza e o papel do Partido foram abordados por Clarinda Nogueira, seguindo-se Teresa Chaveiro sobre as campanhas de recrutamento e quotização em curso; Maria Luís, das Lojas Francas do Aeroporto, sobre o trabalho para a constituição da célula do PCP; Tiago Dores sobre o papel negativo dos sindicatos reformistas e António Costa, da Geberit, sobre o papel do patronato na divisão dos trabalhadores e a nascente organização do Partido.

Rita Branco falou da experiência do Partido no Centro Hospitalar de Lisboa Central e António Sousa na logística da Azambuja. Dina Góis salientou que nas grandes superfícies a precariedade obriga a construir repetidamente organização, tendo, posteriormente, Alexandre Teixeira chamado à atenção para os níveis de exploração dos trabalhadores imigrantes na construção civil, cenário que se repete entre os quadros técnicos no sector, segundo José Branco.

Num Encontro em que coube a Ricardo Costa, da Comissão Política do Comité Central, a intervenção de encerramento, Elizabete Santos informou acerca das lutas na hotelaria e Libério Domingues, da USL, sobre o papel dos cadernos reivindicativos.

O trabalho do PCP no sector de empresas de Sintra foi abordado por Silvandira Costa, os problemas do sector social e a resposta do movimento sindical e do Partido foram assinalados por Pedro Pinheiro, trabalhador de uma IPSS, e Joel Canuto, da célula da Santa Casa da Misericórdia, e o papel do «Avante!» na divulgação da luta e na batalha ideológica foi focado por Fernando Marques.



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