Na perspectiva das eleições de 2022 na Colômbia, o Pacto Histórico Jovem foi apresentado no dia 2, em Bogotá, num acto cultural com a presença de milhares de pessoas,

Gustavo Petro, senador eleito pelo Colômbia Humana, exortou a juventude colombiana a participar neste compromisso com o propósito de promover uma grande mobilização social tendo em vista mudar nas urnas o Congresso e a Presidência da República nas próximas eleições.

Na capital colombiana, na Plaza de Lourdes, jovens militantes do Pólo Democrático Alternativo, do Colômbia Humana, do Partido Comunista Colombiano e de outras forças políticas do país cantaram, dançaram e entoaram palavras de ordem, transformando a iniciativa numa festa popular.

Na ocasião, numa intervenção constantemente ovacionada, o Senador Gustavo Petro lembrou como centenas de milhares de jovens protagonizaram as mobilizações no contexto da paralisação nacional iniciada a 28 de Abril e que durou mais de 50 dias, sendo considerada o maior protesto social dos últimos 70 anos na Colômbia.

O Pacto Histórico foi dado a conhecer em Fevereiro passado e procura mobilizar os trabalhadores e o povo colombiano para a obtenção de uma maioria no Congresso da República nas eleições de 13 de Março do próximo ano. Além disso, visa a vitória nas eleições presidenciais, na primeira volta, a 29 de Maio de 2022, ou na segunda, prevista para 19 de Junho.

Para atingir os seus objectivos, o Pacto Histórico vai apresentar uma proposta alternativa de poder, progressista, que será construída pelas bases sociais que o apoiam. Neste momento, Gustavo Petro é o pré-candidato presidencial mais bem posicionado para vencer as presidenciais, segundo diversos estudos de opinião publicados.

128 líderes sociais
assassinados este ano

O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz) denunciou no dia 1 de Outubro o assassinato de outro líder social na Colômbia, tendo agora o crime ocorrido no município de Morales, localizado no departamento de Bolívar.

Segundo o Indepaz, a vítima é Erley Osorio Arias, que integrava a Federação Agro-Mineira do Sul de Bolívar e era filho do presidente da Junta de Acção Comunitária do município de Mina Gallo. Tinha sido dado como desaparecido a 26 de Setembro, depois de capturado por grupos armados ilegais. Foi encontrado sem vida quatro dias depois por uma comissão de busca formada por 400 pessoas da comunidade local.

O genocídio na Colômbia não pára e, de acordo com o Indepaz, no decorrer do presente ano foram assassinados 128 líderes sociais. Desde a assinatura do Acordo de Paz, em 2016, entre o Estado Colombiano e as FARC-EP (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo), entretanto extintas, foram mortos 1243 ex-guerrilheiros, sindicalistas, ambientalistas e dirigentes de organizações camponesas, e cometidos dezenas de massacres.