Terroristas na Síria planeiam ataque químico para acusar Exército

Grupos terroristas a actuar na província de Idlib, na Síria, preparam nova provocação contra o Exército Árabe Sírio. Damasco acusa os EUA e alguns aliados (França, Bélgica, Marrocos) de apoiar tais acções, com a utilização de armas químicas proibidas.

Lusa

Grupos terroristas na província setentrional síria de Idlib planeiam perpetrar ou encenar um ataque com gases sarin e cloro para depois acusar o exército da Síria, denunciaram activistas em Damasco citados, no dia 3, pela agência noticiosa SANA.

Os elementos da chamada Junta para a Libertação do Levante, inscrita na lista do terrorismo internacional, assessorada por especialistas franceses, belgas e marroquinos, introduziram modificações em foguetes de fabricação local e agregaram ogivas com gases sarin e cloro, informaram as referidas fontes. O processo de alteração teve lugar numa das sedes terroristas perto da cidade de Idlib, há cerca de duas semanas.

Os oito foguetes transformados foram transportados em duas ambulâncias dos chamados «Capacetes Brancos» – uma organização apresentada como «humanitária» mas comprovadamente criada e financiada por potências ocidentais e com laços com grupos terroristas – até à meseta de Jabal al-Zawiya e ao município de Jesser al-Shughur, a sul e sudoeste de Idlib, e até à zona da planície de al-Ghab, no norte da província de Hama, precisam os activistas.

Os mísseis foram entregues aos extremistas do chamado Partido Islâmico do Turquestão e da Junta para a Libertação do Levante, antes conhecida como Frente al-Nousra.

Os foguetes modificados seriam utilizados pelas organizações terroristas para acusar depois o Exército Árabe Sírio de utilizar armas proibidas internacionalmente.

A Síria rejeitou em diversas ocasiões os relatórios da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) que acusavam as autoridades de Damasco de empregar esse tipo de armamento e assegurou que os terroristas encenam ataques para os imputar ao Estado sírio, cumprindo ordens de operadores externos.

Além disso, denunciou que essas acções são geridas e apoiadas pelos EUA, por alguns governos ocidentais seus aliados e pelos serviços secretos turcos, que não só disponibilizam assessoria como também garantem cobertura mediática e política.

Combater o terrorismo

Aviões de combate russos e sírios efectuaram dezenas de incursões contra instalações e posições de grupos terroristas no sul e oeste da província de Idlib.

Imagens difundidas por meios em Damasco, no dia 1, mostram dezenas de alvos bombardeados nas proximidades da localidade de al-Bara, na meseta de Jabal al-Zawiya, e nos arredores do povoado de al-Ziyarah, na planície de al-Ghab.

Os bombardeamentos ocorreram dois dias depois da cimeira na cidade russa de Sochi entre os presidentes da Turquia, Recep Tayib Erdogan, e da Rússia, Vladimir Putin, na qual foi acordado limpar Idlib de bandos armados ilegais.

Notícias da imprensa, em Damasco, referem o envio de reforços militares na preparação de uma operação visando expulsar os terroristas das zonas a sul da estrada M-4, que liga as províncias de Latakia e Alepo, e reabrir essa via estratégica.

O exército sírio conseguiu com as suas acções em 2020 libertar 56 por cento da província de Idlib, mas os terroristas controlam uma parte do território e retêm centenas de milhares de civis como escudos humanos.

Reconstruir o país

Apesar da guerra imposta pelo imperialismo à Síria, o país procura fortalecer a sua economia. Cerca de 190 empresas de 25 países participaram na sexta edição da Feira Internacional de Reconstrução da Síria, que decorreu de 1 a 3 deste mês, em Damasco.

O objectivo do certame foi dar a conhecer as oportunidades de investimento na Síria na fase do pós-guerra. Além disso, propôs-se identificar as necessidades económicas do país, apresentar novos produtos e tecnologias tanto a empresas privadas como públicas e potenciar as perspectivas de cooperação entre entidades nacionais e estrangeiras.




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