Dar voz ao povo de Torres Novas
«Aqui as populações tiveram que lutar persistentemente para que, finalmente, o Hospital de Torres Novas pudesse contar com um equipamento de TAC». A importância decisiva da luta foi lembrada por Jerónimo de Sousa ao final da tarde de quinta-feira, 19, em Torres Novas.
O Secretário-geral do PCP, que interveio no encerramento de uma sessão realizada ao ar livre, na qual usou também da palavra o cabeça-de-lista da CDU à Câmara Municipal de Torres Novas, Nuno Guedelha, saudou igualmente o protesto dos profissionais das forças de segurança. «Pela consagração do subsídio risco com valores dignos», disse, aproveitando, o facto de se encontrar «nesta terra que acolhe uma Escola de Polícia».
A braços com dificuldades que reclamam acção reivindicativa encontram-se, ainda, micro, pequenos e médios empresários de vários sectores e agricultores», prosseguiu. Por isso, o dirigente comunista considerou que «Portugal poderia ir mais longe nos apoios sociais ao conjunto dos sectores afectados [pelo surto epidémico], lembrando, depois, a existência de «milhares de trabalhadores da cultura que continuam sem poder trabalhar, muitos deles sem qualquer tipo de apoio, apesar das promessas do Governo».
Antes do Secretário-geral do PCP, Nuno Guedelha, primeiro candidato da CDU à CM de Torres Novas, apelou ao reforço da coligação PCP-PEV, a única força que interveio em todas as assembleias municipais, dando voz às aspirações populares, que esteve na primeira linha das pequenas e grandes lutas, as quais detalhou, e que teve a ousadia de alargar o debate para a construção do programa eleitoral.
«Durante o próximo mês, é preciso ter a coragem de ir falar com todos. Mostrar-lhes que o nosso projecto é o que melhor defende os seus direitos e aspirações», insistiu Nuno Guedelha, que entre os seis eixos centrais que a CDU propõe na gestão municipal pretende «uma autarquia com paredes de vidro (…), onde as decisões sejam transparentes, isentas e eficazes».