Futuro de confiança constrói-se com a CDU

Jerónimo de Sousa participou, ao longo da última semana, em diversas iniciativas da CDU. Esteve em Abrantes, Torres Novas, Espinho, Coimbra, Beja, Valongo, Matosinhos e Lisboa, projectando candidaturas e programas, denunciando lacunas e opções, afirmando soluções de política local e nacional capazes de superar os principais problemas que afectam os trabalhadores e as populações e de construir um futuro de confiança, como se afirma no lema da coligação.

Mais CDU a 26 de Setembro conta para os concelhos e freguesias, mas também para o País

Nas várias acções em que compareceu, o Secretário-geral do PCP deparou-se com realidades e expectativas muito diversas: esteve em locais onde a CDU tem forte implantação e maiorias, e está apostada em mantê-las e reforçá-las, noutros em que essa perspectiva é assumida como uma possibilidade real nas eleições de 26 de Setembro e ainda em vários daqueles em que a coligação que reúne comunistas, ecologistas e independentes actua em minoria. Em todas encontrou a mobilização e o entusiasmo necessários para enfrentar a batalha eleitoral e um imenso património de intervenção em defesa dos interesses das populações e do desenvolvimento local.

Assumindo o objectivo de «reforçar e ampliar» a representação nacional da CDU, Jerónimo de Sousa destacou que a Coligação PCP-PEV concorre a todos os concelhos do Continente e da Madeira e a 16 dos 19 concelhos dos Açores (ou seja, a 305 dos 308 existentes no País), bem como a 1639 freguesias, num total de cerca de 40 mil candidatos: é esta presença «que faz da CDU, esta força de Abril, a grande força de esquerda no Poder Local».

Se do ponto de vista quantitativo fica assim evidente a pujança do espaço político unitário que é a CDU, será sobretudo o seu projecto alternativo de esquerda a fazer a diferença.

Nas várias intervenções que proferiu, o dirigente comunista salientou traços fundamentais desse projecto, já implementado com assinalável e reconhecido êxito em dezenas de concelhos do País: a participação popular e a proximidade às populações como «eixo fundamental do seu estilo de exercício de poder»; a defesa intransigente dos serviços públicos (saúde, educação, cultura, protecção social, habitação, mobilidade, acesso à água); a especial atenção concedida às crianças, aos jovens, aos idosos, aos mais desfavorecidos; a salvaguarda do ambiente e do património natural e cultural; a valorização dos trabalhadores das autarquias, dos seus direitos e condições de trabalho.

O contraste é gritante: nas autarquias CDU, a implementação do subsídio de penosidade e insalubridade é «geral e regra», mas naquelas que são geridas por PS e PSD «contam-se pelos dedos» as que consagraram esse direito. O mesmo se passa com a defesa da água pública, contra concessões e privatizações, o combate à especulação imobiliária ou a protecção do ambiente.

Dar força à alternativa política

Se a eleição, a 26 de Setembro, de mais candidatos da CDU «é a garantia, em cada freguesia e concelho, de um trabalho ao serviço das populações e de uma resposta aos seus problemas», ela é bem mais do que isso. Como afirmou Jerónimo de Sousa, o reforço da CDU dará um importante contributo à construção de «outra política nacional», que passa pela denúncia das opções do PS, «de submissão à União Europeia e aos interesses do grande capital», e pelo combate a «projectos reaccionários de PSD, CDS e seus sucedâneos».

Da tribuna das várias iniciativas em que participou, o dirigente do PCP demonstrou com inúmeros exemplos a razão pela qual acusa o PS de ter tido «toda a oportunidade para encetar uma política alternativa» e de não o ter feito porque «são outros os seus compromissos»: da reposição de freguesias à regionalização, dos direitos dos trabalhadores à valorização do Serviço Nacional de Saúde, foram vários os exemplos sublinhados por Jerónimo de Sousa. Particularmente revelador é, para o Secretário-geral do Partido, o não cumprimento de importantes medidas que, graças à determinação do PCP, acabaram inscritas no Orçamento do Estado: «o que era automático e o Governo não podia empatar, entrou em vigor; em quase tudo o resto, é o que se vê – atrasos, desculpas, fingir que faz mas não faz.»

Entre as medidas que o PCP e o PEV conseguiram que integrassem a proposta final de Orçamento do Estado, Jerónimo de Sousa destacou os aumentos de pensões; o pagamento dos salários por inteiro aos trabalhadores em lay-off; os apoios dirigidos a trabalhadores independentes e outros, sem protecção social; o prolongamento do subsídio de desemprego; a gratuitidade das creches para mais de 20 mil crianças. Estas medidas tiveram um «inegável» impacto positivo na vida de milhões de portugueses, valorizou.

Prevendo que nas próximas semanas o Governo agite «novas promessas» e acene com milhares de milhões, procurando assim condicionar os eleitores, Jerónimo de Sousa propôs que esse dinheiro seja integrado numa estratégia «que assegure o desenvolvimento soberano do País» e não sirva, como alguns pretendem, para financiar o grande capital.

Tempo de mobilizar

«Daqui até às eleições, é tempo de esclarecer, mobilizar e convencer», insistiu o Secretário-geral do PCP. Chamando a atenção para a necessidade de vencer «as falsificações do costume», reconheceu aquela que é uma «vantagem imensa» das candidaturas da CDU: «as pessoas conhecem-nos e sabem o que representamos, sabem que aqui na CDU é gente séria, empenhada em servir as populações sem nada a esperar que não seja a satisfação do dever cumprido.»

Jerónimo de Sousa garantiu ainda que «cada hora que dedicamos ao interesse comum é avanço nas condições de vida de todos», acrescentando ser precisamente isto que «motiva e realiza» cada um dos candidatos e activistas da Coligação PCP-PEV. É também isso, concluiu, que leva muitos eleitores com as mais variadas opções políticas a reconhecerem «no nosso trabalho nas autarquias razão para nos confiarem o seu apoio e o seu voto».




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