Controlo público é solução para o Novo Banco
O PCP reagiu, anteontem, à divulgação das principais conclusões do relatório da auditoria do Tribunal de Contas ao financiamento público do Novo Banco, onde é confirmado «aquilo que o PCP tem denunciado: tanto a resolução do BES, decidida pelo governo PSD/CDS, como a privatização do Novo Banco, decidida pelo Governo PS, não acautelaram o interesse público».
Em ambos os casos, realça o Partido, as decisões responsabilizam também o Banco de Portugal e a Comissão Europeia, bem como as regras da União Bancária, «para as quais o BES/Novo Banco foi usado para testar a chamada resolução bancária à custa dos recursos públicos nacionais».
O PCP reafirma que, tal como sempre considerou, é inaceitável que seja o povo português a suportar os «custos da resolução de um banco, para que o mesmo seja depois entregue novamente a um grupo económico privado, em vez de se garantir o seu controlo público, colocando-o ao serviço da economia nacional». Os fundos públicos colocados no Novo Banco ascendem já a cerca de 8 mil milhões de euros.
Para o PCP, o controlo público do banco – como do sector financeiro – continua a ser a «única solução que salvaguarda a estabilidade do sistema financeiro e simultaneamente o interesse público». É igualmente a forma de travar a sangria de recursos públicos e criar condições para a «recuperação das perdas entretanto suportadas pelo Estado e que resultam da gestão displicente realizada pela Lone Star».