Campanha Nacional de Fundos avança com redobrado fulgor
Aproxima-se do fim a Campanha Nacional de Fundos – O Futuro tem Partido, inserida nas comemorações do Centenário do PCP. Para garantir a continuidade do êxito até agora consumado, esta é a hora de ir à conversa com todos aqueles que ainda não foram abordados.
«O futuro tem Partido»
O PCP assinalou no passado dia 6 de Março o seu centésimo aniversário num programa de comemorações que, tendo tido uma elevada expressão na semana do Centenário, se desenvolve até 6 de Março de 2022. É um século repleto de exemplos heróicos de luta e resistência ao serviço do povo e da pátria, pela democracia e o socialismo. Um século de muitas estórias, de muita história, de muitos exemplos, mas acima de tudo um século de muito e com muito futuro.
Assim, não restam dúvidas de que a melhor forma de comemorar este centenário é garantir o reforço do Partido, alargar a sua ligação às massas, garantir a sua independência financeira e garantir melhores condições para intervir no presente e no futuro. É neste quadro que se insere a Campanha Nacional de Fundos – O Futuro tem Partido.
Pelo efeito, desta vez, de não se tratar deste ou daquele objectivo em concreto, como em acções anteriores – como foi o caso do esforço pela aquisição da Quinta do Cabo, terminado em 2016 –, esta campanha tem a ver com o Partido, a sua história heróica, o seu ideal e projecto, a sua acção actual e futura. Ou seja, é a mais significativa campanha de fundos alguma vez lançada pelo PCP, dirigindo-se a todos e a cada um dos que reconhecem o papel do Partido na sociedade e no contexto nacional e internacional: militantes, amigos, democratas e patriotas.
Tendo começado em Abril de 2020 e com o fim apontado para o final de Maio deste ano, se por um lado já não é muito o tempo que sobra, por outro implica que este é o momento exacto para se aproveitar as suas imensas potencialidades, dar novos e audaciosos passos para a concretização das várias metas delineadas, redobrar esforços, alargar as listas de contactos com todos – e concretizá-los –, responsabilizar mais quadros pela execução e pelo controlo de execução desta tarefa e, para além das contribuições regulares, mensais ou em acto único, ir mais longe na aquisição dos cupões e títulos produzidos no âmbito da campanha.
Neste sentido, também aqui muito importa a criatividade, o engenho e a imaginação – traços que nunca foram, e continuam a não ser, alheios aos comunistas – para formular novos métodos e diferentes abordagens que permitam alcançar as metas colocadas aos militantes nos seus mais diversos sectores e organizações.
Em Beja
À conversa comJoão Pauzinho, membro do Comité Central e responsável pela Direcção da Organização Regional de Beja, ficámos a saber que esta organização definiu uma meta de 400 contactos para as últimas seis semanas da campanha, dos quais já se encontram realizados mais de centena e meia, com uma recolha financeira positiva. Todas as semanas é feito um rigoroso balanço dos contactos, nome a nome, e dos resultados obtidos. Procura-se assim chegar a todos os membros da organização, mas também dirigir a campanha para fora do Partido, como acontece em Ferreira do Alentejo, onde a maioria dos contactados são independentes.
«Quando o Partido lançou esta campanha foi definido como objectivo para este concelho recolher 3500 euros» referiu António João, responsável da organização concelhia. «Procedeu-se ao levantamento de nomes de camaradas e de amigos com o objectivo de os abordar para contribuírem regularmente no período em que esta iniciativa iria decorrer», relatou ainda.
De Beja também chegaram ao Avante! outros dois relatos. Leopoldo Santos reconhece que «a vida no Alentejo nunca foi fácil», mas que «agora está muito complicada». O desemprego, a crise financeira, política e social, factores que se têm abatido sobre aquela região e ganham cada vez mais terreno, e as pessoas que compõem a base de apoio social do PCP não lhes ficam indiferentes. «Apesar de tudo, vamos falando com as pessoas que estão no mesmo barco que nós e às vezes até conseguimos falar com outros que não estão no mesmo barco», acrescentou.
Existe, no entanto, uma segurança inabalável nas suas palavras: «são muitos os amigos políticos e, também, muitos os amigos pessoais, que querem contribuir porque sabem que é o PCP que está ao seu lado nos piores momentos». «São muitos os que, dentro das suas possibilidades, auxiliam o Partido porque o têm em muita boa consideração e percebem as necessidade que estão levantadas», disse ainda.
Já Bernardo Loff compreende que para ser militante «de um partido revolucionário como é o caso do PCP», implica perceber o quão fundamental é «a independência financeira do Partido», porque só assim «o PCP poderá desenvolver o seu trabalho».
Para Bernardo Loff todas as contribuições, das maiores às mais pequenas alcançam um alto patamar de consciência política, militância e confiança no Partido, cujo papel «é necessário, indispensável e insubstituível».