«Contribuir para o Partido é natural, não extraordinário»
Com a Campanha Nacional de Fundos «O futuro tem Partido» a aproximar-se do termo, as organizações do PCP tomam medidas para a concluir com sucesso, caso de Montemor-o-Novo.
A convicção na luta, ideal e projecto tem de se traduzir na militância
Já não falta tudo, mas há ainda um esforço final a empreender para o qual todos podemos contribuir. Este é o sentimento que se vive na Organização Concelhia de Montemor-o-Novo a propósito da última fase da Campanha Nacional de Fundos «O Futuro tem Partido», transmitiu ao Avante! José Rato.
O objectivo é ambicioso: recolher 20 mil euros para o Partido no concelho. Especialmente se considerarmos os tempos difíceis que vive o nosso povo. Daí que nesta altura os compromissos assegurados andem em torno dos 55 por cento da meta e o montante efectivamente centralizado ronde os 35 por cento, exigindo um redobrar de esforços.
Não se pense contudo que a tarefa foi abordada com ligeireza. Pelo contrário, o trabalho foi devidamente sistematizado desde o início, explicou José Rato, que detalhou que, num primeiro momento, procurou-se garantir as contribuições regulares de 16 meses, e num segundo, que agora se conclui, a mobilização de contribuições singulares e/ou de maior vulto.
Para estas em particular identificaram-se camaradas e amigos do Partido que se considerou terem condições para o fazer. Nesse aspecto assumiu relevo José Grulha, que ao Órgão Central do PCP sublinhou que, regra geral, é muito bem compreendida a aceitação da necessidade de financiamento autónomo por parte dos comunistas portugueses.
O mesmo relatou Graça Nascimento, para quem a convicção na justeza da luta, ideal e projecto tem de se traduzir na militância em várias dimensões, incluindo na concretização dos apoios materiais.
Graça Nascimento vai mesmo mais longe e realça que, «para quem tem este nível de actividade e quer manter a sua independência face ao capital, as quotas não chegam». Assim, insiste, «contribuir para o Partido é natural, não extraordinário». Isto além de ser um facto a não esquecer que, tendo nós as necessidades básicas asseguradas, o que, admite, no actual contexto é um problema para cada vez mais famílias, «apoiar financeiramente o PCP, mesmo que com uma pequena quantia, vem primeiro do que comprar mais um objecto que na maioria das vezes fica arrumado a um canto».