Organização da Cidade de Lisboa realizou a sua 8.ª Assembleia

«Intervir, lutar, avançar - com os trabalhadores e o povo, um PCP mais forte», foi o lema da reunião magna dos comunistas do concelho de Lisboa, que decorreu sábado, na Voz do Operário.

Em foco esteve a luta pela ruptura com a política de direita, em Lisboa como no País

A Assembleia que contou com a participação de 148 delegados foi aberta por Inês Zuber, responsável pela Organização da Cidade de Lisboa e membro do Comité Central, e encerrada por Jorge Cordeiro, do Secretariado do Comité Central.

Entre as cerca de 30 intervenções proferidas, destaca-se a efectuada por João Ferreira, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP e candidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa pela CDU, acerca da intervenção na autarquia e o direito à cidade, defendido intransigentemente pelos eleitos comunistas.

De resto, além de ter sido discutido o reforço do Partido, a sua ligação à vida e as linhas prioritárias de intervenção junto da população e dos trabalhadores, em foco esteve a luta pela ruptura com a política de direita, nomeadamente as opções actuais na cidade.

Lisboa continua a sofrer com as consequências das políticas de sucessivos governos, com efeitos devastadores no seu tecido social e económico, ao que acresce uma gestão do PS/BE na Câmara Municipal de Lisboa que concretiza os mesmos objectivos e opções.

Daí que na reunião magna dos comunistas alfacinhas tenha sido reiterada a necessidade de uma política alternativa que inverta a tendência de destruição da capacidade produtiva, os preços inacessíveis da habitação, a descaracterização social e cultural.

A Assembleia decidiu ainda levar a cabo uma acção de ampla divulgação do trabalho realizado pelo PCP e pela CDU durante o mandato autárquico que está prestes a terminar, assim como a denúncia da gestão PS/BE naquilo que foi lesivo para a população da cidade de Lisboa.

Nova direcção

A 8.ª Assembleia da Organização da Cidade de Lisboa do PCP aprovou por unanimidade a resolução política e com quatro abstenções o novo Organismo de Direcção (OD).

No novo OD, composto por 43 camaradas, encontram-se 17 novos membros. A composição social, por outro lado, reflecte um esforço de manutenção de uma maioria de operários e empregados, 55,8 por cento do total, de integração de mulheres (19 ou 44,2 por cento do total), de rejuvenescimento e ligação aos trabalhadores no activo, com cerca de 11 camaradas até aos 40 anos de idade (26 por cento), e 18 entre os 41 e os 60 anos de idade (42 por cento).



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«Como o PCP tem insistentemente denunciado, a privatização, segmentação e liberalização do sector energético é contrária aos interesses da região e dos portugueses», é «lesiva da soberania energética do País», salienta a DORBA, para quem «a opção do Governo em permitir a venda de barragens pela EDP a um consórcio francês vem degradar as condições para a gestão do Domínio Público Hídrico, comprometer o potencial de armazenagem de água doce e acentuar os prejuízos dos transmontanos».

De resto, caso a venda se concretize, ao contrário do que defende o Partido, o mínimo é que as populações dos distritos de Vila Real e de Bragança sejam devidamente compensadas, afirma-se ainda.