Situação dos MPME debatida em Castelo Branco

«O PCP e a luta dos Micro, pequenos e médios empresários»(MPME) foi o mote para um debate promovido, a semana passada, pela Organização Regional de Castelo Branco do PCP. Na iniciativa, promovida no âmbito das comemorações do centenário do Partido, coube a Cláudia Lopes a primeira intervenção.

Com um pequeno negócio de restauração em Vales do Rio, Covilhã, Cláudia Lopes deu nota das dificuldades que enfrentam a MPME, sublinhando que, no plano dos distritos da Guarda e de Castelo Branco, as insolvências registadas cresceram 180 e 60 por cento, respectivamente, face a 2020.

Durante o debate foram ainda abordados exemplos que ilustraram os prejuízos que os MPME têm com a política de direita, que protege os grandes grupos e favorece a concentração monopolista. Fenómenos bem patentes no sector da distribuição alimentar ou no ramo livreiro, frisou-se.

Agostinho Lopes, da Comissão de Assuntos Económicos do PCP, também interveio na sessão. Começando por destacar a atenção sempre prestada pelos comunistas portugueses a esta camada social, abordou, depois, as mais recentes iniciativas do Partido em defesa dos MPME, designadamente para responder a problemas agravados no contexto do surto epidémico, de que são exemplos a eliminação do Pagamento Especial por Conta ou propostas de suspensão de pagamento de serviços essenciais, de alargamento das moratórias bancárias, de apoios a rendas de logistas em centros comerciais, de alterações à proibição de funcionamento de actividades, de reforço de programas de apoio e da rede de contacto com MPME.



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«Como o PCP tem insistentemente denunciado, a privatização, segmentação e liberalização do sector energético é contrária aos interesses da região e dos portugueses», é «lesiva da soberania energética do País», salienta a DORBA, para quem «a opção do Governo em permitir a venda de barragens pela EDP a um consórcio francês vem degradar as condições para a gestão do Domínio Público Hídrico, comprometer o potencial de armazenagem de água doce e acentuar os prejuízos dos transmontanos».

De resto, caso a venda se concretize, ao contrário do que defende o Partido, o mínimo é que as populações dos distritos de Vila Real e de Bragança sejam devidamente compensadas, afirma-se ainda.