Salvar o desporto popular na retoma da actividade

«É urgente a definição de critérios praticáveis, o estabelecimento de normas sanitárias para cada modalidade e situação em concreto e a rápida atribuição dos apoios prometidos», reivindica o PCP.

No período crítico não existiu qualquer tipo de apoio

Em nota divulgada pelo seu gabinete de imprensa na semana em que se inicia a retoma das actividades desportivas, o Partido sublinha que «o desporto tem uma importância demasiado grande para o País, para a saúde física e mental de crianças, jovens e adultos, e mesmo para a economia, para se estar a “jogar” com a sobrevivência de milhares de clubes e associações desportivas».

Em causa está, refere-se, a deterioração abrupta da situação financeira das colectividades, resultado das medidas de confinamento impostas há já mais de um ano. Isto apesar das «chamadas de atenção do movimento associativo desportivo, que o PCP também acompanhou com propostas concretas, sempre rejeitadas».

No período crítico «não existiu qualquer tipo de apoio, à semelhança do que aconteceu com o movimento associativo popular», e «não foi permitido o regresso do público às competições, contrariamente ao que foi possível fazer em segurança noutras actividades».

«Agora, anunciados apoios fruto da pressão exercida», verifica-se não apenas que os valores são «manifestamente insuficientes» como tardam. «Simultaneamente, a Orientação 036/2020, que estabelece os critérios para um “desconfinamento” das actividades desportivas, define critérios de testagem que muito dificultam a retoma – sobretudo num contexto em que os clubes e federações já se encontram numa situação complexa – e não aponta a previsão de regresso do público», salienta-se ainda no texto.

O PCP não põe em causa a necessidade da «realização de testes para retomar toda a actividade de médio e alto risco». Contudo, denuncia que «não há qualquer tipo de apoio do Governo para os mesmos, transferindo estes custos para as federações e clubes, verificando-se mesmo que alguns, por não os poderem comportar, acabam por pedir aos praticantes e às famílias para os custear o teste».

«Acresce que, ao contrário dos anúncios de regresso do público feitos pelo Governo, o primeiro-ministro afirmou que não haverá adeptos de volta aos estádios antes da próxima época», frisa o PCP, para quem, neste contexto, exige-se «a definição de critérios praticáveis, o estabelecimento de normas sanitárias para cada modalidade e situação em concreto e a rápida atribuição dos apoios prometidos».



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«Como o PCP tem insistentemente denunciado, a privatização, segmentação e liberalização do sector energético é contrária aos interesses da região e dos portugueses», é «lesiva da soberania energética do País», salienta a DORBA, para quem «a opção do Governo em permitir a venda de barragens pela EDP a um consórcio francês vem degradar as condições para a gestão do Domínio Público Hídrico, comprometer o potencial de armazenagem de água doce e acentuar os prejuízos dos transmontanos».

De resto, caso a venda se concretize, ao contrário do que defende o Partido, o mínimo é que as populações dos distritos de Vila Real e de Bragança sejam devidamente compensadas, afirma-se ainda.