STRUP organiza no TVDE

«Os trabalhadores que prestam actividade neste sector, verificaram que, decorridos poucos anos, o paraíso prometido pelas plataformas digitais rapidamente se transformou num inferno», afirma o Sindicato dos Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal, num comunicado de dia 4, sobre os passos que está a dar para criar organização entre quem trabalha no«transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma electrónica» (descrição oficial da sigla TVDE).

O STRUP refere algumas situações apresentadas por trabalhadores deste sector, numa reunião, em Julho, e que ocorrem no transporte ligeiro de passageiros (incluindo táxi, tuc-tuc e outros): falta de fiscalização da actividade, oferta inflacionada relativamente à procura, ausência de regulação ao nível dos valores praticados, desprotecção geral dos trabalhadores e ausência de interlocutores para solucionar os problemas que entretanto surgiram.

O esforço de organização dos trabalhadores tem sido dificultado pela «forma inorgânica das entidades responsáveis» e pelas«múltiplas características de ligação laboral» entre patrões e assalariados, sendo que estes estão«sobretudo registados como empresários em nome individual».

No imediato, o sindicato da Fectrans/CGTP-IN comprometeu-se a requerer a extensão do contrato colectivo de trabalho, para que todos os trabalhadores deste sector fiquem mais protegidos.

Admitindo tentar responder a alguns problemas, o STRUP insiste na importância de definir a «relação laboral entre trabalhador e entidade empregadora, apresente esta a forma que apresentar».

No entanto, para desenvolver trabalho sindical, é preciso que trabalhadores se façam sócios do STRUP, «para termos representatividade bastante» junto das demais entidades do sector.

O Instituto da Mobilidade e dos Transportes emitiu, até 4 de Agosto, 26 618 certificados de motoristas TVDE. Estão registados no IMT dez operadores de plataforma electrónica.

 



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