Pôr termo à gestão danosa no Novo Banco

«Quanto mais cedo for decidida a integração do Novo Banco na esfera pública, como o PCP sempre defendeu, mais rapidamente se põe termo a uma gestão danosa cujos encargos acabam por recair sobre os portugueses», afirmou Jorge Pires, reagindo à notícia do jornal Público que revelou, segunda-feira, que o Novo Banco vendeu, em Outubro do ano passado, a seguradora GNB-Vida a fundos geridos pela APAX Partners com um desconto de quase 70 por cento face ao valor contabilístico apurado em Junho de 2019.

A operação de alienação da seguradora, hoje com o nome Gama Life, gerou uma perda de mais de 260 milhões de euros e foi parte da justificação da administração do Novo Banco para pedir nova injecção de fundos públicos na instituição.

Para o membro da Comissão Política do PCP, este é mais um episódio de uma longa lista que caracteriza a venda de activos do banco na área seguradora», já que, recordou, «em 2015, o Novo Banco vendeu a Tranquilidade, uma grande empresa de seguros nacional, por 44 milhões de euros, ao grupo americano Apollo, quando, um ano antes, em 2014, o Banco de Portugal tinha feito uma avaliação dessa empresa superior a 700 milhões de euros».

O Apollo acabou por vender a Tranquilidade, a Açoreana e a sua AdvanceCareà italiana Generali, também em 2019, por cerca de 600 milhões de euros, com o beneplácito das entidades supervisoras. As mesmas que agora, no caso da venda da GNB-Vida, vieram entretanto a terreiro garantir que não observaram qualquer indício de ligação entre o fundo comprador APAX e o magnata do sector Greg Lindberg, condenado já este ano nos EUA por corrupção e fraude fiscal. Isto apesar de o jornal Público associar dois altos quadros da actual Gama Life a Greg Lindberg.



Mais artigos de: PCP

SIC mente descaradamente sobre a Festa do Avante!

Em nota divulgada dia 6, o PCP reage a uma peça divulgada pela SIC no serviço informativo nocturno do dia anterior, considerando ter-se tratado de «um exercício deplorável assente em calúnias, mentiras e insinuações». «Não importará, de momento, tecer considerações sobre as motivações...

Acidente em Soure prova urgência de integração ferroviária

O PCP reiterou que «a aposta no sistema ferroviário, na sua modernização, qualidade e segurança, exige investimento público, meios humanos e a reunificação da CP, com a integração da infra-estrutura ferroviária, actualmente na IP, como elemento fundamental». Para o Partido, só assim se...

Resistir à tristeza, ao desânimo, à angústia

«Só um Partido provado nas mais duras condições seria capaz de olhar de frente para a complexidade dos tempos que vivemos e dizer presente», salientou João Frazão, da Comissão Política do Comité Central, no comício de Verão organizado no último dia de Julho pela Comissão Concelhia de Faro. Na...

Preocupantes atrasos na Linha do Oeste

Além de ainda não terem arrancado «as obras de electrificação e reconversão do troço entre Meleças e Torres Vedras, cuja empreitada já foi adjudicada há meses», e de «continuar por lançar o concurso para a obra entre Torres Vedras e Caldas da Rainha», «o Governo continua sem assumir com...

Rastreio mamário no Norte não pode esperar

O PCP quer que o Governo tome medidas urgentes para garantir que as mulheres abrangidas pelo programa de rastreio do cancro da mama no Norte do País têm o devido acompanhamento em tempo útil, assegurando o diagnóstico precoce. A posição foi reafirmada em pergunta dirigida ao Governo, iniciativa suscitada por notícias...

PS empurra para os municípios responsabilidades sobre amianto

«O Governo PS, além de não garantir o financiamento na totalidade na remoção do amianto, foge à responsabilidade de eventuais custos adicionais com as obras, empurrando para as autarquias esses encargos». A acusação é da Direcção da Organização Regional do Litoral Alentejano (DORLA) do PCP, que em nota de reacção à...