Resistir à tristeza, ao desânimo, à angústia

«Só um Partido provado nas mais duras condições seria capaz de olhar de frente para a complexidade dos tempos que vivemos e dizer presente», salientou João Frazão, da Comissão Política do Comité Central, no comício de Verão organizado no último dia de Julho pela Comissão Concelhia de Faro.

Na iniciativa, realizada no contexto do surto epidémico e respeitando as recomendações da Direcção-Geral de Saúde, Rui Ribeiro, membro da referida direcção comunista local, bem como da Direcção da Organização Regional do Algarve do PCP, abordou os necessários constrangimentos sanitários que a situação dita, realçando justamente a importância de continuar a preparar e a divulgar a Festa do «Avante!».

Aproveitou, ainda, para saudar os profissionais de saúde da região, sem deixar de notar que «não é com palmas que se garante um Serviço Nacional de Saúde (SNS) de qualidade», sendo, por isso, «tempo deste Governo «avançar de imediato com propostas do PCP como o reforço de quadros, a valorização de todas as carreiras e o fim da descriminação de contratos», assim como com «o início imediato da construção do Hospital Central do Algarve, prometido e enterrado desde o Governo de Sócrates e que agora António Costa teima também em não tirar da gaveta das promessas».

Rui Ribeiro detalhou ainda, os impactos económicos e sociais da pandemia, lembrou propostas do Partido que poderiam minorar os seus efeitos devastadores e criticou a opção do Governo pela continuação da política de benefício do grande capital, bem patente na entrega aos seus interesses do maior empregador do concelho de Faro: o aeroporto.

Por isso, frisou que este não é o tempo de baixar os braços», mas de luta, de solidariedade, de defesa intransigente de direitos».

A ideia de que os trabalhadores e o povo ultrapassarão, sem nada fazer, a actual crise que veio agravar os défices que resultam de décadas de política de direita, foi também rejeitada por João Frazão. Na intervenção mais longa da noite farense, o dirigente comunista voltou à campanha montada em torno da Festa do «Avante!» para garantir que «tomaremos todas as medidas combinadas com as autoridades de saúde porque é preciso resistir à tristeza, ao desânimo, à angústia em que o povo está metido».

«Sabem que é aqui que reside a força maior de resistência e combate aos intentos de domínio e exploração», acrescentou João Frazão, que dando mais do que um exemplo do aproveitamento da situação epidemiológica por parte do grande capital para proceder a nova vaga antilaboral, e referindo a opção do Governo em ser parceiro nessa ofensiva, voltou a vincar que «é com confiança que olhamos em frente os tempos que aí vêm porque sabemos que temos este Partido para os enfrentar».



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