Rastreio mamário no Norte não pode esperar
O PCP quer que o Governo tome medidas urgentes para garantir que as mulheres abrangidas pelo programa de rastreio do cancro da mama no Norte do País têm o devido acompanhamento em tempo útil, assegurando o diagnóstico precoce. A posição foi reafirmada em pergunta dirigida ao Governo, iniciativa suscitada por notícias vindas a público segundo as quais «as unidades de rastreio do cancro da mama do Norte, encerradas em Março devido ao surto pandémico, continuam fechadas», prevendo a Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) a sua reabertura somente para Setembro.
Em nota de imprensa, a direcção da Organização Regional do Porto do PCP assinala que o programa de rastreio abrange 630 mil mulheres, mas, devido à pandemia, 75 mil exames foram adiados. Ora, sabendo-se que a detecção precoce da doença é fundamental para o seu tratamento, o Partido também não compreende, e sobre isso mesmo questionou igualmente a tutela, por que razão não foi acautelada «a necessidade de celebração de um novo acordo entre a ARSN e a Liga Portuguesa contra o Cancro – Núcleo do Norte que evitasse este atraso, quando era mais do que previsível esta situação».
O acordo entre aquelas entidades terminou e, segundo o Ministério da Saúde, o processo de celebração de novo convénio segue os trâmites próprios de avaliação técnica, tendo em vista a respectiva autorização de despesa. Justificação que, para o Partido, não acolhe, uma vez que, insiste, não pode aceitar que não tenham sido tomadas medidas que antecipassem o termo do protocolo, nem que, ao contrario do que sucede no Norte, no resto do País os rastreio tenham já sido retomados com as 19 unidades de rastreio prontas a funcionar.