Assassinatos de líderes sociais aumentam na Colômbia com Duque
Cerca de 52 por cento dos assassínios de líderes sociais na Colômbia, desde 2016, ocorreram durante o governo de Iván Duque, o actual presidente, segundo revelou o diário El Espectador.
Os sectores mais afectados foram o camponês e o indígena.
Depois da assinatura do Acordo de Paz na Colômbia, em 2016, e até Julho findo, perderam a vida 349 líderes sociais, informa o jornal.
A propósito, recorda que durante os diálogos de paz em Havana, as partes concordaram em implementar instâncias para assegurar que a paz em todo o país fosse estável e duradoura.
Entre as instituições que se encarregariam dessas tarefas encontra-se a Unidade Especial de Investigação, criada com o objectivo de desmantelar grupos de criminosos que atentam contra líderes sociais e participantes na implementação dos acordos.
Além disso, foi criada a Comissão Nacional de Garantias de Segurança, integrada pelo presidente da República e organizações da sociedade civil.
Apesar dessas medidas, durante os primeiros quatro meses do governo de Duque foram assassinados 38 líderes sociais e o número total desse ano chegou aos 115 homicídios. Em 2019, perderam a vida 108 dirigentes sociais e sindicais. E de Janeiro a Julho de 2020 houve mais 36 vítimas, somando um total de 340 activistas assassinados desde a assinatura do Acordo de Paz de Havana.
Pormenoriza El Espectador que, em 62 dos 182 casos em que as autoridades avançaram nas investigações, os responsáveis pelos assassínios são «pessoas particulares cuja identidade ainda se desconhece».