Um Partido que faz 100 anos merece que na Campanha Nacional de Fundos, a organização do PCP no Algarve contribua com semelhante número redondo. Em milhares de euros, entenda-se. Esta foi a primeira decisão audaz assumida pelos militantes comunistas que residem e trabalham na região mais a Sul de Portugal continental.

Discutida e ratificada pelas concelhias do PCP, ao novo objectivo financeiro fixado (que representa praticamente o dobro do inicialmente previsto), seguiu-se nova abordagem expedita, tendo ficado decidido que, nesta primeira fase, a identificação de nomes a contactar para que deem um contributo pecuniário ao Partido, seria centralizada nos organismos de direcção regional. A sua concretização e actualização semanal com novos nomes é, porém, articulada entre os organismos executivos regionais e os organismos concelhios e células.

Ora, este é um método de trabalho que difere um pouco do processo-tipo que tem sido usado noutras campanhas de fundos, confirmou ao Avante! Celso Costa, da Direcção da ORAL,uma vez que, por norma, o controlo e actualização dos contributos é feito ao nível do distrito, mas a identificação e abordagem dos camaradas e amigos ficava, no fundamental, a cargo das organizações de base que partiam de uma lista de nomes previamente elencados.

É, assinale-se, uma experiência prática diferente mas que está a dar bons resultados. Tanto mais que, no total, foram já assumidos contributos por parte de 140 militantes e amigos do PCP na ordem dos 33 por cento da meta majorada. Se estivéssemos a considerar o objectivo financeiro anterior à decisão colectiva de quase o duplicar, então os números maisa ctuais mostram que os contributos já assegurados significariam que a DORAL estava já com mais de 60 por cento da sua meta.

Insistir
Um outro aspecto que Celso Costa realçou ao Avante! é que se está a privilegiar o contributo mensal, designadamente por transferência bancária. As potencialidades no plano financeiro no Algarve, está bom de ver, estão longe de se esgotarem, sendo evidente também que a ambição dos camaradas algarvios foi justa e mobilizadora. Isto porque, acrescente-se, apesar de alguns títulos e cupões de contributo único terem sido já centralizados, esta forma de recolha de fundos só agora está a começar em força. Mas igualmente porque ao nível das organizações de base a discussão está a avançar e, todas as semanas, são identificados outros potenciais doadores para a campanha nacional de fundos.