No périplo transmontano de dois dias, a eleita do Partido em Estrasburgo reuniu com o Instituto do Vinho do Porto, a Cooperativa Agro-pecuária Mirandesa e a Associação dos Agricultores e Pastores do Norte, tendo recenseado problemas como a dificuldade de escoamento da produção no actual contexto; o novo quadro comunitário e o papel para que estão a ser secundarizadas as raças autóctones, nomeadamente no plano das medidas agro-ambientais e face aos regimes intensivos; a insuficiência dos apoios, o seu atraso e outras dificuldades colocadas sobretudo ao pequenos agricultores.

Para além de uma visita a uma padaria em Mirandela, a qual, sendo propriedade de comunistas, fez questão de continuar a laborar sem recurso ao lay-off, Sandra Pereira contactou outros micro, pequenos e médios empresários e suas associações na cidade, tendo atestado o acerto da análise e propostas do PCP quanto às respostas que estes reclamam do Governo em matéria de apoios na conjuntura de crise, e recebido queixas quanto à tentativa do Governo de retirar protagonismo às associações enquanto agentes de formação profissional.

A deputada no PE reuniu ainda com as uniões de sindicatos de Vila Real e de Bragança, tendo-lhe sido testemunhado o agravamento da exploração, que o patronato procura impor à boleia da emergência sanitária, avultando casos de suspensão abusiva dos contratos, roubo de subsídios e férias ou salários em atraso em empresas como a Faurécia, Continental, nos CTT, no Hotel São Lázaro e no Hotel Miraneve.

Os trabalhadores estão ainda confrontados com a ausência de transportes públicos nas ligações entre concelhos e entre as freguesias rurais e as vilas e cidades de cada concelho, bem como com a insuficiência de recursos humanos nos serviços públicos, denunciaram.

Água pública e feirantes
Por estes dias, os comunistas transmontanos levaram igualmente a cabo duas outras iniciativas, de luta e de esclarecimento. No Peso da Régua, a Comissão Concelhia do PCP protestou junto ao auditório Municipal contra o brutal aumento da água nos municípios da margem norte na CIM-Douro, uma acção que deu expressão à indignação das populações-alvo de aumentos de 300 e 400 por cento face a 2019. Já em Mirandela, foi distribuído o documento do Partido dirigido aos feirantes.