Paula Santos constatou problemas em Castelo Branco
A deputada do PCP e membro do Comité Central esteve, dia 6, em visita ao distrito de Castelo Branco. Na jornada, a eleita na Assembleia da República reuniu com a União de Sindicatos local, afecta à CGTP-IN, com a Associação Distrital dos Agricultores de Castelo Branco (ADACB) e com vários agentes culturais.
De acordo com uma nota divulgada pela Direcção da Organização Regional de Castelo Branco (DORCB) do PCP, no encontro com a estrutura representativa dos trabalhadores, Paula Santos foi informada dos abusos patronais e agravamento da exploração, levados a cabo a pretexto do surto epidémico, designadamente por empresas com milhões de euros de lucros, bem como da preocupação dos professores face à total descoordenação com o início do ano lectivo e à dualidade de critérios nas medidas de combate à pandemia, decorrentes das diferentes transferências de competências na área da educação.
No encontro com a Associação Distrital dos Agricultores de Castelo Banco ficaram patentes as dificuldades dos agricultores da região, agravadas pela epidemia e pela tempestade do dia 31 de Maio, bem como pelos atrasos nos escassos apoios aprovados pelo Governo.
Finalmente, no encontro com os agentes culturais foi transmitido um conjunto de preocupações que, sendo antigas, foram incrementadas no contexto da crise sanitária pelo cancelamento total da actividade, nomeadamente a precariedade dos vínculos e dos rendimentos dos profissionais do sector.
Agricultura é decisiva
Entretanto, paralelamente à visita de Paula Santos ao distrito, a DORCB do PCP emitiu um comunicado em defesa da agricultura familiar e da soberania alimentar, no qual se sublinha que a aposta na produção autóctone, agrícola no caso, para além de ser benéfica para a balança comercial, é decisiva na fixação de população nos territórios rurais.
Lembrando que em sede de Orçamento Suplementar foi aprovada uma proposta do PCP de apoio aos custos com a eletricidade no sector agrícola e agro pecuário (eletricidade verde), os comunistas albicastrenses insistem que «a agricultura é determinante para o desenvolvimento sustentado do País» e estratégica do ponto de vista da segurança alimentar do nosso povo, lamentando que em diversos géneros que produzíamos até à imposição da ruinosa política da UE, Portugal continue completamente dependente do estrangeiro. O que é facilmente constatado nas prateleiras das cadeias de grande distribuição.