Patrões arrecadam lucros mas sacodem os prejuízos

«Os constantes apelos à unidade nacional não podem servir para esconder ofensivas e injustiças contra os trabalhadores», considera a Comissão Concelhia da Azambuja do PCP, que em comunicado dirigido aos trabalhadores da Sonae, Worten e DHL acusa o Grupo Sonae de usar como pretexro o vírus para negar aumentos salariais num futuro próximo, esquecendo não apenas os lucros arrecadados no ano passado como também o facto de continuar a facturar.

Noutras empresas no concelho, a ofensiva anti-laboral assume outras características mas em tudo semelhantes ao que está a suceder de Norte a Sul do País, designadamente a imposição de horários e férias forçadas, o recurso ao lay-off e o corte de prémios e subsídios, salienta também a Comissão Concelhia da Azambuja.

O objectivo, lembra a organização do Partido, é sempre o mesmo: penalizar quem vive do seu salário para não perder lucros. Ou seja, se há um problema que o pague quem trabalha».

«O que a situação exige e o PCP defende», no actual contexto e com carácetr imediato é a «proibição de despedimentos enquanto durar o surto epidémico, sejam trabalhadores efectivos ou com vínculo precário, incluindo os falsos recibos verdes; [exigir o ] cumprimento de todas as regras de higiene, saúde e segurança no trabalh, a começar pelas directivas da Direcção Geral da Saúde; pagamento da remuneração dos trabalhadores a 100 por cento, incluindo o subsídio de refeição; intervenção da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) relativamente a denúncias de violação de direitos dos trabalhadores, designadamente ilicitude dos despedimentos, o que implica dotar a ACT com mais meios humanos e técnicos; definição de um quadro legal que torne ilícitos e revogáveis, a qualquer tempo, todos os atropelos à legislação laboral e à contratação colectiva que estão a ser cometidos; pagamento do subsídio de doença e de assistência a filho e a neto, alargando-o até aos 16 anos, com 100 por cento da remuneração de referência e a consideração do estatuto de doença profissional aos profissionais de saúde infectados pelo vírus Covid-19, bem como a outros em situação equiparada; definição de subsídio extraordinário e especial para trabalhadores, obrigados a exercer funções, no actual quadro, e em situação de particular exposição».




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