Cultura superintensiva preocupa em Estremoz
O PCP quer que o Ministério da Agricultura esclareça qual a sua intervenção na instalação de culturas superintensivas em Veiros, Estremoz, como explica que as referidas culturas sejam instaladas em condições de confiarem com habitações, se tem conhecimento de algum estudo de impacto nas populações e no ambiente e o que pretende fazer para assegurar o desenvolvimento da actividade agrícola naquelas condições sem que dela resultem prejuízos para a saúde das populações ou o ambiente. O Partido confrontou, assim, a tutela com as justas preocupações da população, que assiste à «preparação de terras para a instalação das referidas culturas intensivas», denunciou a Direcção da Organização Regional de Évora (DOREV) do PCP.
Em comunicado, a DOREV alerta que «as culturas agrícolas associadas aos regimes de produção intensivo e superintensivo se caracterizam por exigirem a utilização intensa de fitofármacos», insistindo que, neste caso, se colocam «preocupações acrescidas quanto à defesa da saúde das pessoas na medida em que as culturas confinam com habitações, a par de preocupações relativas à possibilidade de contaminação de aquíferos e do ar e à erosão dos solos a médio prazo».
Não sendo novidade nem caso isolado, pelo contrário, casos semelhantes proliferam por todo o Alentejo, realçam os comunistas eborenses, o Partido insiste na necessidade de resolução do problema «por via do controlo e monitorização das culturas já existentes, bem como da definição de regras que evitem a expansão da área dedicada a culturas intensivas e superintensivas e da limitação quanto à sua instalação em zonas confinantes com aglomerados populacionais ou zonas residenciais».
De resto, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2020, o PCP apresentou duas propostas naquele sentido, recorda ainda a DOREV, para quem, «independentemente do enquadramento dessas soluções, exige-se ao Governo que esclareça as condições em que aquelas culturas estão a ser instaladas em Veiros e que intervenha no sentido de assegurar às populações a sua saúde e a qualidade de vida a que têm direito».
Hospital Central
Também a semana passada, o PCP questionou o Governo «sobre atrasos no concurso, falta de medidas de expropriações e de financiamento para acessibilidades e infra-estruturas» no âmbito da obra do novo Hospital Central Público do Alentejo. «Além disso, o Grupo Parlamentar do PCP questionou o Governo sobre a inexistência do Grupo de Trabalho que devia já ter sido constituído para garantir a articulação entre Governo, CCDR, Câmara Municipal de Évora e Universidade», informou a DOREV.