PCP saúda luta dos estivadores contra fraude no Porto de Lisboa

TRABALHO São justas as razões dos estivadores do Porto de Lisboa, sublinhou o PCP que saúda a sua luta e exige a intervenção do Governo para travar a intensificação da exploração.

«A raiz do problema encontra-se na crescente privatização dos portos»

Em nota de imprensa divulgada no dia (21) em que os estivadores alargaram a todas as empresas a greve parcial que decorre desde 19 de Fevereiro e até ao próximo dia 9 de Março, e convocaram para entre 9 e 30 de Março uma outra paralisação total, o PCP exigiu ao executivo liderado por António Costa que intervenha no processo de insolvência da Empresa de Trabalho Portuário de Lisboa (ETPL), defendendo, assim, «os postos de trabalho e a economia nacional» e «impedindo a sua destruição pelo patronato».

No texto explica-se que «a multinacional turca Yildirim e o restante patronato da Estiva no Porto de Lisboa anunciaram a intenção de provocar a insolvência da ETPL», processo que o Partido tem vindo a denunciar como contendo elementos fraudulentos, uma vez que os donos da empresa «são os seus clientes» e, «nos últimos anos, descapitalizaram-na a seu favor através do simples mecanismo de venda a si próprios de serviços abaixo do custo de produção».

«A raiz do problema encontra-se na crescente privatização dos portos», implicando «uma crescente pressão para aumentar os lucros dos grandes grupos económicos à custa da intensificação da exploração dos trabalhadores», acrescenta o PCP, que responsabiliza ainda o PS de adoptar como sua a Lei do Trabalho Portuário do ultimo governo Cavaco Silva, agravada em 2013, a qual «introduziu um conjunto de mecanismos que estão a ser usados pelo patronato para destruir direitos, reduzir salários, precarizar o trabalho e intensificar a exploração».

Neste quadro, «é cada vez mais urgente rever esta lei», insiste o Partido, que «saúda a luta dos estivadores, mais uma vez chamados a defender o seu direito ao trabalho com direitos, a lutar pelo cumprimento das leis da República (que punem a gestão danosa e a fraude), a lutar para que as autoridades portuguesas intervenham em defesa do trabalho, da economia e da soberania nacional».

O PCP informou, ainda, que, «além de outras iniciativas em ponderação, voltará a questionar o Governo e já chamou à Assembleia da República o Secretário de Estado da tutela».



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