África do Sul traça caminho para fazer avançar economia

DETERMINAÇÃO A África do Sul vive uma situação económica complexa e o seu presidente, Cyril Ramaphosa, prometeu aos sul-africanos que o governo vai enfrentar os problemas com determinação.

«Sul-africanos vivem momento decisivo», diz Cyril Ramaphosa

O presidente sul-africano apresentou propostas para fazer avançar a economia do país, aliviar a crise energética, melhorar a educação e combater a violência. Foram estes os principais temas abordados no seu Discurso à Nação, na sexta-feira, 14, na Cidade do Cabo, perante o parlamento.

Cyril Ramaphosa centrou a intervenção na economia e nas vias para ultrapassar a actual situação marcada por uma crise energética provocada pelas deficiências acumuladas durante anos pela companhia estatal Eskom, que se manifestam em frequentes cortes no fornecimento de electricidade.

O presidente falou dos tempos difíceis que atravessa a África do Sul, incluindo as altas taxas de desemprego, e considerou que os sul-africanos vivem um momento decisivo. «Temos a opção de sucumbir perante as numerosas dificuldades e os prolongados problemas ou enfrentá-los com determinação e acções», disse, apresentando planos para dinamizar a economia e desenvolver áreas fundamentais para o crescimento.

No caso da crise energética, anunciou passos imediatos para se obter energia além da que oferece a Eskom – fornecedora de 90 por cento do consumo nacional – em fontes renováveis e financiando municípios que queiram aceder a produtores independentes.

Ramaphosa falou de mudanças no sistema educacional com a incorporação de matérias como a programação informática e a robótica, a criação de uma nova Universidade de Ciências e Inovação na localidade de Ekurhuleni.

Referiu-se amplamente ao desemprego entre os jovens e a numerosos programas em curso e previstos para aliviar essa situação, capacitar de forma expedita a massa juvenil desocupada e promover a sua incorporação na economia.

Quanto à violência, assegurou que prosseguirá o combate contra esse flagelo e, ao abordar as agressões contra as mulheres, anunciou a revisão da legislação sobre violência doméstica e a fixação de penas mais severas para quem comete delitos sexuais.

Outro tema tratado pelo presidente sul-africano foi o da situação precária do alojamento para estudantes do ensino superior. Anunciou que o governo destina 4500 milhões de dólares e investidores privados outro tanto para a construção de habitação, num programa prestes a começar.




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