Falta de trabalhadores nas escolas atinge ponto crítico
Entre as questões a que o primeiro-ministro não deu resposta no debate quinzenal ficou designadamente a relacionada com a falta de trabalhadores que garantam o normal funcionamento das escolas.
Esta foi uma matéria a que Jerónimo de Sousa deu uma particular atenção, lembrando que cerca de dois meses após a abertura do ano lectivo o País continua a assistir a manifestações e relatos diários de auxiliares de acção educativa, pais e alunos insurgindo-se contra a falta de pessoal.
«Serviços que não abrem por falta de auxiliares, vigilância que não se faz nos recreios, crianças com necessidades educativas especiais que ficam em casa porque em algumas escolas não existem auxiliares para as acompanhar», pormenorizou o Secretário-geral do PCP, recordando que a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores da Administração Pública contabiliza em mais de 5000 o número de auxiliares de acção educativa em falta nas escolas públicas.
Não são porém apenas auxiliares e outros técnicos de educação que estão em falta. Jerónimo de Sousa referiu que ainda «há poucos dias» mais de 10 000 alunos tinham pelo menos a falta de um professor, «devido ao facto de estarem por preencher centenas de horários».
«E veja só, tínhamos um professor de informática com 34 turmas com mais de 800 alunos», indicou o líder comunista, que instou o chefe do Governo a esclarecer para quando a solução para estes problemas.
O desafio, apesar da insistência do líder comunista, ficou sem resposta.