Compreender o processo de integração capitalista da UE

RE­FLEXÃO O livro «A União Eu­ro­peia não é a Eu­ropa – Por­tugal e a In­te­gração Eu­ro­peia», de João Fer­reira, foi dado a co­nhecer ao pú­blico, quinta-feira pas­sada, na Casa do Alen­tejo.

UE é um ins­tru­mento do grande ca­pital para sal­va­guardar os seus in­te­resses

Com o autor (que en­ca­beça a lista da CDU às elei­ções para o Par­la­mento Eu­ropeu) es­ti­veram, na apre­sen­tação da obra, Ma­nuel Brotas, di­vul­gador e es­pe­ci­a­lista em ques­tões eco­nó­micas, e João Luís Lisboa, pro­fessor ca­te­drá­tico da Uni­ver­si­dade Nova de Lisboa, apre­sen­tados por Rui Mota, das Edi­ções Avante!. O Largo Ma­nuel da Fon­seca, um aco­lhedor es­paço aberto da casa do Alen­tejo, teve que se moldar para aco­lher os in­te­res­sados nas ques­tões sus­ci­tadas pelo livro.

Antes de mais, aten­temos no que es­creve no pre­fácio An­tónio Avelãs Nunes, ca­te­drá­tico ju­bi­lado da Fa­cul­dade de Di­reito de Coimbra: «É um livro muito bem or­ga­ni­zado, com um con­junto de textos ex­ce­lente, es­crito numa lin­guagem ri­go­rosa a que não falta ele­gância li­te­rária e que de­nota uma qua­li­dade rara: a grande ca­pa­ci­dade de sín­tese, abran­gendo tudo o que é es­sen­cial e es­que­cendo o que é se­cun­dário.»

Para nos cen­trarmos na es­sência do de­bate, re­flic­tamos nas pa­la­vras que o pró­prio autor deixou na In­tro­dução: «Nesta so­ci­e­dade per­cor­rida por an­ta­go­nismos so­ciais, entre ca­pital e tra­balho, entre os grande grupos eco­nó­micos e fi­nan­ceiros e a massa dos tra­ba­lha­dores, entre as grande em­presas trans­na­ci­o­nais e os povos, a União Eu­ro­peia cons­titui um ins­tru­mento do grande ca­pital para sal­va­guardar e sus­tentar os seus in­te­resses de classe.»

Por con­se­guinte, pros­segue, a UE é a «su­pe­res­tru­tura po­lí­tica de um pro­cesso agres­sivo de in­te­gração ca­pi­ta­lista. Que se in­ten­si­fica e ar­re­messa mesmo para fora das suas fron­teiras, com o in­ter­ven­ci­o­nismo ex­terno, co­mer­cial, fi­nan­ceiro, di­plo­má­tico e mi­litar. Ver­tente que se tem in­ten­si­fi­cado e que po­derá co­nhecer de­sen­vol­vi­mentos sig­ni­fi­ca­tivos, com a al­me­jada cri­ação de um “exér­cito eu­ropeu”. Fu­turos alar­ga­mentos da União Eu­ro­peia, até para lá do es­paço ge­o­grá­fico eu­ropeu, não estão ex­cluídos».

Da re­flexão à prá­tica

No Largo Ma­nuel da Fon­seca, João Fer­reira chamou a atenção para o facto de um livro com estas ca­rac­te­rís­ticas ser sempre fruto de um es­forço co­lec­tivo e acon­se­lhou a que se co­me­çasse a ler a obra pela In­tro­dução, que «contém a ideia-chave pre­sente em todo o livro, ob­ser­vada à luz da ac­tu­a­li­dade».

O autor con­vida o leitor, ao longo seu tra­balho, a pensar em duas ques­tões pri­mor­diais: «Que re­lação temos com esse pro­cesso de in­te­gração e o que se segue ao di­ag­nós­tico, ou seja, o apontar do ca­minho». E este será o de levar à prá­tica uma po­lí­tica al­ter­na­tiva que «res­ponda aos in­te­resses dos povos e dos tra­ba­lha­dores» ou a «cons­trução de uma outra Eu­ropa, que exi­giria ou­tros es­forços, ou­tras ar­ti­cu­la­ções.

Ma­nuel Brotas, cujo em­penho e tra­balho edi­to­rial foi de suma im­por­tância para tornar re­a­li­dade o pro­jecto de João Fer­reira, afirmou que, se «reu­nís­semos todos os textos que o João es­creveu sobre os mais di­versos temas, te­ríamos três li­vros como este». E acres­centa que até se atre­veria a dizer «es­tudem este livro!», porque nele «po­demos co­lher en­si­na­mentos que ficam». O in­ves­ti­gador aponta qua­li­dades da obra, como a «des­mis­ti­fi­cação dos en­godos da UE e a sua na­tu­reza de classe». Brotas diz que a UE «faz mal aos povos, so­bre­tudo, aos povos pe­ri­fé­ricos», e aponta as res­pon­sa­bi­li­dades po­lí­ticas por este es­tado de coisas. «Bem diz João Fer­reira que é di­fícil en­con­trar dois ou três casos em que, no Par­la­mento Eu­ropeu, PS, PSD e CDS te­nham vo­tado di­fe­ren­ci­a­da­mente».

Por sua vez, João Luís Lisboa acon­selha também a ler a In­tro­dução, «que dá sen­tido a tudo». A obra, su­blinha, «per­corre dez anos da his­tória de Por­tugal e da Eu­ropa, em oi­tenta textos de ca­rac­te­rís­ticas di­fe­rentes», mas não é de ma­neira ne­nhuma «um re­la­tório de man­dato». É, isso sim, a «nar­ração de um pe­ríodo, no qual ocorrem si­tu­a­ções muito di­fe­rentes». Cu­rioso é que, «sendo textos da­tados, não deixam, por isso de ser menos in­te­res­santes».

Posto isto, a troca de ideias sobre o livro e a UE alargou-se a todos os que acor­reram a co­nhecer as ideias de João Fer­reira sobre as po­lí­ticas do es­paço ge­o­grá­fico em que vi­vemos e nos mo­vi­men­tamos.




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