CDU mais forte para defender a produção nacional
SETÚBAL A 13 dias das eleições para o Parlamento Europeu, os candidatos João Ferreira, Mariana Silva e Zoraima Prado conduziram, com determinação, a campanha eleitoral pelo distrito de Setúbal.
A CDU avança, andar para trás não!
Acompanhados por apoiantes e activistas da CDU, mas também por eleitos e dirigentes do PCP e do PEV, começaram o périplo no concelho do Montijo. Na baixa da cidade, contactaram com comerciantes e população em geral, apresentando-lhes propostas para romper com a política – prosseguida por PS, PSD e CDS – que impede a resposta plena aos problemas do País. «A CDU avança, andar para trás não», foram palavras que ecoaram nas ruas, enquanto se apresentavam soluções. Histórias de lutas travadas em grandes empresas do distrito de Setúbal, como na Lisnave, foram recordadas pelos habitantes, que também se queixaram dos baixos salários e pensões de reforma, assim como do aumento do custo de vida.
No final, João Ferreira destacou o facto de os preços das comunicações terem subido na última década 14 por cento, o que demonstra «a falsidade das promessas que nos fizeram».
Naquele concelho, a construção de um aeroporto na Base Aérea do Montijo, complementar ao de Lisboa e que muitos apelidam de «apeadeiro», é um bom exemplo do papel do Governo PS que, em sintonia com o PSD e o CDS, cedeu à chantagem da multinacional Vinci. Para a CDU, a única solução passa pela construção de um novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete.
Com os trabalhadores
A campanha prosseguiu para Palmela, num almoço com centenas de trabalhadores das autarquias do concelho. Ali, João Ferreira pediu uma «CDU mais forte» para «avançar» na melhoria e aumento dos salários, condição para «melhorar a vida dos trabalhadores, mas também para uma melhor distribuição dos rendimentos e para desenvolver o País, dinamizando a economia». A reposição das 35 horas de trabalho na Administração Pública, fruto da luta dos trabalhadores e da iniciativa do PCP, foi valorizada.
No distrito de Setúbal, a campanha da CDU terminou à porta da Autoeuropa, empresa que estima produzir mais 240 mil unidades do que em 2018. Exige-se, por isso, que, não só na empresa alemã, mas em todo o parque industrial, a cada posto de trabalho permanente tem de corresponder um contrato der trabalho efectivo, garantindo o direito ao trabalho com qualidade e segurança.
«A produção, a criação de riqueza, não é incompatível com a valorização do trabalho e dos trabalhadores, muito pelo contrário», salientou João Ferreira, assinalando que na Autoeuropa, fruto da luta, foi possível «valorizar salários, avançar no plano dos direitos e no combate à precariedade».
O deputado e candidato ao Parlamento Europeu recordou que uma das propostas que a CDU defende «é a instituição do não retrocesso», ou seja, «não admitir retrocessos de direitos sociais» também na «possibilidade de compatibilizar a vida profissional com a vida familiar». O alastramento do trabalho por turnos e aos fins-de-semana foi, aliás, um dos problemas colocados pelos trabalhadores.
Outra das medidas apresentadas por João Ferreira foi a necessidade de «aumentar o grau de incorporação nacional no sector automóvel» garantindo «mais possibilidade de criação de riqueza e de emprego».