Quinzena nos serviços conflui para dia 28

Muitas das reivindicações que motivam as acções dos trabalhadores das empresas de serviços, concentradas na «quinzena de luta» que o CESP/CGTP-IN promove desde dia 15, vão ser levadas às ruas de Lisboa, no dia 28, na manifestação nacional da juventude trabalhadora. A nível de empresa ou de sectores, foram marcadas greves, concentrações, plenários com saída à rua e acções públicas de denúncia.

Ao divulgar o calendário de lutas, o sindicato destacou, como principais exigências, a negociação dos contratos colectivos de trabalho, a resposta aos cadernos reivindicativos, o aumento dos salários de todos os trabalhadores, o fim dos horários desregulados, o pagamento em dobro do trabalho de escala prestado em dia feriado, o fim da precariedade e o cumprimento dos direitos dos trabalhadores, nomeadamente o direito à liberdade sindical.

Foi este precisamente o motivo da primeira iniciativa, no dia 15: a eleição do delegado sindical no Hospital da Luz, na rua, com distribuição de um folheto a quem passava na principal entrada da instituição. O CESP acusou o Grupo Luz Saúde de procurar impedir a realização de actividade sindical, porque receia que trabalhadores esclarecidos e organizados exijam o cumprimento de direitos e a melhoria dos salários.

Na segunda-feira, dia 18, de manhã, ocorreu a primeira greve parcial na Lusíadas Saúde, para exigir resposta ao caderno reivindicativo, onde constam questões como baixos salários, discriminações e falta de pessoal. Novas paralisações de duas horas foram marcadas para ontem (com piquete e concentração à porta do Hospital Lusíadas Lisboa) e para dias 25 e 28.

De tarde, também no dia 18, realizou-se um plenário de trabalhadores da Acciona na Bosch, em Braga. O CESP e os trabalhadores exigem o cumprimento do contrato colectivo de trabalho, em especial no pagamento do trabalho em período nocturno e ao domingo, e denunciam práticas de pressão e repressão.

Estão marcadas greves de 24 horas para hoje, na União das Misericórdias Portuguesas em Fátima e Viseu (com concentrações) e na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e para dia 27, nas instituições particulares de solidariedade social (com concentração às 11h30, junto à CNIS, no Porto).

Para dia 28, de manhã, está agendada uma concentração nacional junto à sede da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada.

O CESP e outros cinco sindicatos (SEP, SMZS, STSS, SIFAP e SFP) e a Comissão de Trabalhadores do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (e dos SAMS geridos por este), iniciam na próxima segunda-feira, dia 25, uma «semana de luta» contra a intenção da direcção do SBSI de provocar a caducidade das convenções colectivas.

 



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