No final do périplo realizado anteontem pelo Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas, que decorreu em Lisboa, o Secretário-geral do PCP, acompanhado pelo primeiro candidato da CDU às eleições para o Parlamento Europeu, agendadas para o próximo dia 26 de Maio, João Ferreira, sublinhou que a iniciativa ajuda a desconstruir «o mito do País pobrezinho, sem possibilidades».

Com efeito, as cerca de 500 empresas de quase 30 sectores que ali mostraram 6500 produtos e marcas portuguesas, «muitas vindas do Interior com produtos de grande qualidade», notou, são a prova evidente da existência de «potencialidades na produção nacional».

Falta, todavia, «uma aposta estratégica» naquelas, orientação política de fundo que para Jerónimo de Sousa é tão mais importante e actual quanto se sabe que Portugal acumula défices estruturais, particularmente no que diz respeito ao agroalimentar, onde o saldo negativo anda na ordem dos três mil milhões de euros, referiu.

Nesse sentido, o dirigente comunista reclamou o avanço para tal opção estratégica e a sua tradução em apoios para empresas que, de outra forma, continuarão a enfrentar dificuldades de expansão pese embora tenham enormes potencialidades.