PCP denuncia exploração junto dos trabalhadores da Meo

Militantes do PCP estiveram no dia 16 em Santarém, junto ao local onde se realizava a reunião nacional dos trabalhadores que vendem produtos Meo/Altice porta-a-porta, a distribuir um folheto sobre os problemas destes trabalhadores e das formas específicas que assume a exploração de que são alvo.

Os comunistas começam por denunciar a nova tentativa da administração da Altice de «alterar significativamente a retribuição do trabalho dos seus comerciais», para baixo, evidentemente, sem sequer ouvir os próprios trabalhadores e os seus representantes. A intenção da empresa é alterar as tabelas comissionais e os sistemas de prémios «à revelia de qualquer discussão interna». Como é habitual, a empresa não apresenta como tal a redução dos vencimentos dos trabalhadores, mascarando-os sob a capa de «incentivos». Dirigindo-se directamente aos trabalhadores, o PCP pergunta: «não tens nada a dizer?»

Acusando a Meo de explorar a precariedade dos trabalhadores, o PCP realça algumas das práticas da empresa profundamente lesivas dos direitos e salários. Desde logo o recurso a recibos verdes para pagar a «trabalhadores falsamente identificados como independentes, quando na verdade têm uma estrutura hierárquica, horários e que obedecer a todas as orientações, por mais pequenas que sejam». Também os contratos com empresas de trabalho temporário por períodos de 15 dias são criticados pelos comunistas, lembrando que é exigida disponibilidade «365 dias por ano», em alguns casos há bastante tempo.

Após salientar que os «vencimentos significativos» auferidos pelos trabalhadores com melhores resultados serem usados como «máscara para os baixos salários e outras fracas condições», o Partido denuncia os baixos salários praticados (o salário base é, na melhor das hipóteses, o salário mínimo nacional), a exigência de disponibilidade total, apesar de esta não ser reconhecida contratualmente, e ainda os «bloqueios e retenções» com que a empresa pressiona os seus trabalhadores, não lhes pagando de imediato pelo serviço prestado.

Os comunistas apelam aos trabalhadores para que se sindicalizem – pois «unidos e organizados os trabalhadores da Meo/Altice serão mais fortes» - adiram ao PCP.



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