Lutar e intervir em todas as frentes

O PCP tem propostas e soluções para todas as áreas e sectores e os seus militantes lutam diariamente pela sua concretização. Disso deu conta Laura Tarrafa, da Comissão Nacional para o trabalho junto dos agricultores, ao intervir sobre a situação do mundo rural, que, garantiu, «está negra»: a «destruição de milhares de explorações agrícolas e o abandono de milhares de hectares de cultivo e pastagens são resultado dos profundos ataques da política de direita à produção nacional, à floresta e às populações».

Carla Benedetti, dos Açores, deu destaque ao sector das pescas, que na região (como no País) tem vindo a ser desmantelado: «em 2018 já só existiam 551 embarcações, quando em 2010 ainda eram 675, e na altura da adesão à União Europeia eram 1947.» Ao mesmo tempo, entre as 100 e as 200 milhas «operam sem controlo grandes frotas estrangeiras».

A deputada Carla Cruz falou sobre o Serviço Nacional de Saúde, que, apesar de tudo, «tem sabido responder às ofensivas que lhe têm sido perpetradas». Poderosos interesses, denunciou, procuram converter o direito constitucional à saúde «num negócio», mas a resistência do SNS «será tão mais forte quanto maior for a luta dos utentes, dos profissionais, dos democratas».

Francisco Gonçalves, da Direcção da Organização Regional de Aveiro, por seu lado, garantiu que «nunca será com um ensino de excelência para elites e uma formação de segunda para as massas populares, ao sabor dos interesses do mercado, que se elevará o nível de formação do povo e do País». O investimento na escola pública é, a todos os níveis, indispensável.

O presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, criticou severamente a transferência de competências em curso, lembrando que a mesma resulta de um pacto entre o PS e o PSD e incide sobre funções sociais que cabem à Administração Central. Rejeitou ainda tratar-se de um processo de descentralização, como é dito.

José Pedro Rodrigues, vereador comunista na Câmara Municipal de Matosinhos, destacou a importância da presença da CDU nas autarquias, mesmo que em minoria, e as possibilidades existentes de implementar medidas que sirvam as populações. José Alberto Ribeiro, de Santo Tirso, valorizou a luta e manifestou solidariedade com a operária corticeira Cristina Tavares, Maria Teresa de Jesus, de Coimbra, denunciou a destruição do SNS, e Romão Araújo, de Viana do Castelo, referiu-se ao direito à justiça.




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