Na Madeira a autonomia tem de ser colocada ao serviço da população
Para além das duas eleições de âmbito nacional (para o Parlamento Europeu e Assembleia da República), em 2019 será também eleita para um novo mandato a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, o que coloca aos comunistas madeirenses responsabilidades acrescidas. Disso falou, no Encontro, Ricardo Lume, do Comité Central, que denunciou o início, na Madeira, de uma «falsa campanha mediática, fazendo crer que as eleições para a Assembleia da República são para eleger o primeiro-ministro e as eleições regionais para eleger o presidente do Governo Regional».
Aos comunistas e seus aliados está, pois, colocado o desafio de combater e desmascarar a «campanha que promove uma artificial bipolarização do quadro político, em muito desencadeada pela mão dos órgãos de comunicação social». Importa, assim, esclarecer que o que aí estará em causa é a «eleição de deputados» e que o reforço da influência da CDU será a questão decisiva.
Exprimindo aquela que é a opinião dos comunistas da Madeira, Ricardo Lume sublinhou que a região «precisa de uma política que a liberte das amarras da política de direita», responsável pelas injustiças, baixos salários, precariedade e desigualdades sociais. Assim, concluiu, «não basta que mudem determinadas pessoas, nem que se opere uma “dança de cadeiras”, substituindo uns por outros, sem romper com a política de exploração e empobrecimento»; é necessário, sim, estabelecer «objectivos de desenvolvimento» e encontrar «respostas e soluções que só uma política alternativa que coloque a Autonomia ao serviço dos trabalhadores e do povo poderá concretizar».