Ligações em falta no Metro do Porto
Ao debate veio também a questão do investimento previsto para o alargamento da rede de Metro do Porto, a iniciar em 2019 e a concluir em 2022. Para Jorge Machado, que suscitou o tema, esta é uma «importante conquista de quem sempre lutou pelo investimento, pelo alargamento da rede do Metro, como importante instrumento de mobilidade no distrito do Porto».
Mas o deputado comunista considerou que «anda mal o ministro quando desrespeita as resoluções aprovadas pela AR», ao não promover a ligação a Campo Alegre, a Matosinhos Sul, ou quando não quer a ligação a Gondomar ou à Trofa.
«Anda mal porque estas populações esperam há demasiado tempo pela resolução dos seus problemas concretos de mobilidade» (Gondomar espera há mais de 10 anos e Trofa há mais de 14 anos), recordou Jorge Machado, assinalando que à população daquele último concelho foi prometida a ligação do Metro quando lhe retiraram o comboio.
O problema da precariedade na Metro do Porto também não foi esquecido pelo parlamentar do PCP. Criticou o «modelo de concessões e subcontratações», com os mesmos trabalhadores a saltar de empresa para empresa, «sempre a prestar os mesmos serviços mas sem qualquer garantia pelos seus direitos, sob ameaça sistemática de despedimento».
Jorge Machado reclamou por isso uma intervenção do Governo que ponha cobro a esta situação, exigência que tornou extensiva, já noutro plano, à criação do passe social intermodal que abranja todos os operadores, públicos e privados.