Bonecos de Estremoz na UNESCO valoriza todo o Alentejo
CONSAGRAÇÃO O PCP saúda a decisão da UNESCO de reconhecer o figurado em barro de Estremoz, os Bonecos de Estremoz, como Património Cultural Imaterial da Humanidade.
O figurado em barro de Estremoz data do século XVIII
A decisão da UNESCO foi assumida na quinta-feira, 7, na Coreia do Sul, onde decorreu a 12.ª reunião do Comité Intergovernamental da UNESCO. Os Bonecos de Estremoz foram uma das 35 candidaturas aprovadas (em 49 concorrentes) na categoria de Património Cultural Imaterial da Humanidade. São o primeiro figurado do mundo a merecer tal distinção.
Numa nota emitida no próprio dia pela Direcção Regional do Alentejo (DRA), o PCP começa por considerar a consagração um «importante elemento de valorização desta expressão da cultura popular alentejana» que «contribui decisivamente para a sua preservação e salvaguarda». Os conhecidos Bonecos de Estremoz, lembra o Partido, representam uma arte com «mais de três três séculos», que faz parte da identidade cultural do concelho.
Nesse texto, o PCP realça o facto de estarem «inventariadas mais de cem figuras diferentes» e de todos os dias se inventarem novas temáticas, «sempre relacionadas com o quotidiano das gentes alentejanas, na sua vivência rural e urbana». As primeiras referências ao figurado de Estremoz, acrescentam, são do início do século XVIII: «em 1770, sabemos da existência das “boniqueiras”, mulheres que faziam curiosidades e figuras de barro e que tinham um trabalho não reconhecido enquanto ofício.»
O PCP felicita por esta importante vitória os estremocenses e «todas as artesãs e artesãos» pelo seu papel insubstituível na «preservação e divulgação deste património alentejano», bem como todas as entidades e individualidades que se envolveram e empenharam neste processo «cujo reconhecimento pela UNESCO contribui para valorizar a arte e a cultura alentejanas, assim como o povo alentejano».
Para o Partido, a classificação pela UNESCO do Cante Alentejano, da Arte Chocalheira e dos Bonecos de Estremoz evidencia o «riquíssimo e vasto património cultural da nossa região». Da mesma forma que a inscrição do concelho de Castro Verde na lista de reserva de preservação da biosfera na sua componente de compatibilização das actividades humanas com o desenvolvimento económico sustentável, «valoriza e projecta a região no País e no mundo».