Amarras por quebrar
Introduzida no debate do OE em vários momentos foi também a política alternativa, patriótica e de esquerda, pela qual o PCP continua a bater-se. Essa é uma exigência que em sua opinião está colocada face aos graves problemas estruturais que o País enfrenta e ao nível de degradação das condições de vida motivado por décadas de política de direita de sucessivos governos PS, PSD e CDS-PP.
Vulnerabilidades e dependências que bloqueiam o desenvolvimento económico e social do País e que neste OE, pelas opções do PS, estão longe de ter a devida resposta. João Oliveira lembrou alguns desses constrangimentos que pesam de forma muito negativa – dívida, euro, regras e política da União Europeia – e lamentou que o Governo imponha a si próprio metas de redução do défice que limitam o «alcance da reposição de direitos e rendimentos e o investimento público necessário».
«Não se trata de diferenças de ritmo ou intensidade em medidas de reposição de direitos, mas sim de opções de fundo que é preciso fazer para libertar o País daquilo que o amarra e para garantir um futuro de desenvolvimento, progresso e justiça social», sublinhou, esclarecendo ser a isto que o PCP se refere quando fala da política alternativa, patriótica e de esquerda, que propõe ao povo português.