Aquele que foi o 1.º acto público do PCP-PEV no quadro das candidaturas aos órgãos municipais de Avis encheu, ao início da noite de sexta-feira, 5, o salão da Junta de Freguesia daquela vila norte-alentejana, moldura humana que foi considerada por todos os oradores como o prenúncio da renovação da confiança que o povo tem depositado na CDU.

A isso aludiu a primeira interveniente, Ana Balão, mandatária da candidatura, para quem a adesão popular à gestão comunista e dos seus aliados desde 1976 assenta no reconhecimento da capacidade de elevar continuamente as condições de vida dos avisenses e para eles reivindicar aquilo a que têm direito. Mesmo nas mais ásperas condições, como foi caso do período da imposição da austeridade, agravada sobremaneira pelo governo PSD/CDS.

Com larga experiência nesse percurso autárquico do PCP-PEV em Avis, decorrente de vários mandatos cumpridos como presidente da Câmara e, posteriormente, da Assembleia Municipal – cargo, este, ao qual se recandidata nas eleições de 1 de Outubro –, Manuel Coelho realçou, por seu lado, o facto de aquela sessão culminar um amplo processo democrático de auscultação e debate, resultado da ligação da CDU à população.

Nesse sentido, Manuel Coelho frisou que a CDU é distinta no estilo de trabalho, nas propostas e na sua concretização. Prova disso é igualmente o facto de não haver, em cada freguesia, «rua, largo, praça, jardim, espaço cultural ou desportivo; equipamento de protecção civil, de saúde, de educação, de apoio social aos idosos ou aos mais novos» que «não tenha a marca do poder local democrático e o cunho da gestão CDU».

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Nuno Silva foi nos últimos quatro anos um protagonista central do projecto da CDU no concelho. Presidente da Câmara Municipal de Avis desde 2013 e recandidato a um novo mandato, salientou, por sua vez, «que as estradas que vamos percorrer dão continuidade ao que nos fez aqui chegar».

Directo e afável no trato (fez questão de cumprimentar e trocar algumas palavras com todos os presentes durante o lanche-convívio que encerrou a iniciativa), Nuno Silva garantiu que além do trabalho empenhado da coligação PCP-PEV, patente na obra realizada, a dedicação e simplicidade são também para prosseguir. «Serei o primeiro a estar presente. Serei o que sempre fui» e «vocês sabem que não há cerimónias entre nós», assegurou, antes de reiterar que, como antes, «os compromisso assumidos são para cumprir».

Neste particular justificou o atraso nalguns projectos com as dificuldades colocadas pelo contexto político e económico nacional e internacional, designadamente no âmbito da valorização do património natural e do potencial turístico do concelho. Nomeou em seguida ideias sólidas que vão ter breve concretização e cujo propósito é elevar os patamares de desenvolvimento e bem-estar de «todas as pessoas» e de «todas as famílias» de Avis.

Jerónimo de Sousa encerrou a sessão, na qual marcaram presença dirigentes nacionais e locais do PCP e do PEV, insistindo no vínculo «inquestionável» dos eleitos e candidatos da CDU para com o povo de Avis e os seus interesses, e na «mais-valia» que constitui, naquele concelho como no País, o projecto da Coligação «como solução e proposta alternativa à gestão do PS, PSD e CDS-PP».

O Secretário-geral do Partido apelou à construção de um grande resultado da CDU em Avis e no plano nacional para «acrescentar força à luta e à razão de todos os que aspiram a uma outra política, patriótica e de esquerda».