Na sexta-feira, ao final do dia, um dos largos mais em­ble­má­ticos da ci­dade de Se­túbal en­cheu-se de gente para dar o seu apoio e con­fi­ança à CDU, força po­lí­tica que quer re­forçar o nú­mero de man­datos e obter mai­o­rias em todos os ór­gãos au­tár­quicos do con­celho sa­dino. Maria das Dores Meira (ver caixa) e André Mar­tins en­ca­beçam as listas à Câ­mara e As­sem­bleia Mu­ni­cipal, res­pec­ti­va­mente. Às as­sem­bleias da União de Fre­gue­sias (UF) de Azeitão (S. Lou­renço e S. Simão), de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, do Sado, de São Se­bas­tião e UF de Se­túbal (Sta. Maria, S. Ju­lião e Anun­ciada) a Co­li­gação PCP-PEV re­can­di­data Jo­a­quim Mar­ce­lino, José Bel­chior, Ma­nuel Vés­tias, Nuno Costa e Rui Canas, res­pec­ti­va­mente.

Aos can­di­datos jun­taram-se João Ar­mando, da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Se­túbal do PCP, Hélio Be­xiga, da As­so­ci­ação In­ter­venção De­mo­crá­tica, José Luís Fer­reira, da Co­missão Exe­cu­tiva do Par­tido Eco­lo­gista «Os Verdes» e Ma­nuel Ro­dri­gues, da Co­missão Po­lí­tica do PCP.

Tra­balho
Palma Ro­dri­gues é o man­da­tário con­ce­lhio. Na sua in­ter­venção, o ac­tual pre­si­dente da As­sem­bleia Mu­ni­cipal des­tacou, como traços es­sen­ciais do es­tilo de tra­balho e in­ter­venção po­lí­tica dos eleitos da CDU, a «li­gação às co­mu­ni­dades e aos tra­ba­lha­dores», a «sal­va­guarda ina­li­e­nável do ser­viço pú­blico mu­ni­cipal pres­tado às po­pu­la­ções na área das com­pe­tên­cias do Poder Local», a «ga­rantia da de­fesa dos in­te­resses e di­reitos co­lec­tivos sobre os par­ti­cu­lares» e a «as­su­mida opção de classe, quando tem em conta nas pri­o­ri­dades e op­ções da gestão os sec­tores da po­pu­lação mais des­fa­vo­re­cidos».

André Mar­tins, ve­re­ador na au­tar­quia, va­lo­rizou o pro­jecto da CDU, «uma força po­lí­tica elei­toral que, na sua acção, pro­ta­go­niza a mu­dança e pro­gresso eco­nó­mico e so­cial». Também «a cul­tura, o des­porto, a edu­cação e a de­fesa do meio am­bi­ente re­pre­sentam pre­o­cu­pação per­ma­nente como com­po­nentes de base para uma so­ci­e­dade mais ac­tiva e sau­dável, so­li­dária e justa», des­tacou.

Ma­nuel Ro­dri­gues, a en­cerrar a sessão, de­fendeu a cri­ação de «con­di­ções para que cada au­tar­quia tenha os meios ne­ces­sá­rios ao de­sem­penho das suas atri­bui­ções e com­pe­tên­cias». «Não é pos­sível falar se­ri­a­mente de des­cen­tra­li­zação à margem da cri­ação das re­giões ad­mi­nis­tra­tivas, ig­no­rando as li­mi­ta­ções fi­nan­ceiras e ad­mi­nis­tra­tivas a que as au­tar­quias têm es­tado su­jeitas, pro­cu­rando con­fundir trans­fe­rên­cias de res­pon­sa­bi­li­dades com pas­sagem de en­cargos», ad­vertiu. 

Maria das Dores Meira afirmou a ne­ces­si­dade de «re­forçar a vo­tação» nos can­di­datos da CDU no pró­ximo dia 1 de Ou­tubro. Até lá, porque «não há vi­tó­rias an­te­ci­padas, temos pela frente o enorme de­safio de mos­trar o tra­balho re­a­li­zado e apontar os ca­mi­nhos que a ci­dade vai se­guir», re­feriu a ac­tual pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal. Ad­vertiu, por outro lado, para o «dever de con­ti­nuar a con­quistar o pro­gresso e a mo­der­ni­dade que Se­túbal me­rece» e «im­pedir o re­gresso ao pas­sado, esse tempo de des­leixo si­nistro».

Sobre o fu­turo pró­ximo, a au­tarca pro­meteu con­ti­nuar «a tra­ba­lhar, in­ces­san­te­mente, para um me­lhor con­celho». Entre ou­tras pro­postas, anun­ciou a edi­fi­cação de «um pas­sa­diço ma­rí­timo entre o Parque Ur­bano e a Praia de Al­bar­quel», a «re­vi­ta­li­zação do centro his­tó­rico» de Se­túbal, a cons­trução «do novo parque ur­bano da Várzea» e de «um parque verde na Quinta da Ami­zade», assim como a «re­va­lo­ri­zação do Parque de Cam­pismo da Gâmbia».

Em termos de mo­bi­li­dade, Maria das Dores Meira deu conta da «cons­trução de novas in­ter­faces de trans­portes pú­blicos» na Praça do Brasil e nas Fon­taí­nhas, e da in­tenção de «de­molir o vi­a­duto das Fon­taí­nhas e cons­truir uma nova so­lução de cir­cu­lação».