O Secretário-geral do PCP esteve no domingo na Ota, concelho de Alenquer, a participar num almoço com largas dezenas de militantes e simpatizantes do PCP.

Com a discussão na especialidade do Orçamento do Estado a concentrar as atenções, Jerónimo de Sousa começou por destacar as medidas positivas que já constam da proposta, com origem na iniciativa e com a contribuição do PCP, como a gratuitidade dos manuais escolares a todo o primeiro ciclo, o reforço da Acção Social Escolar, o aumento de várias prestações sociais decorrente do descongelamento do Indexante dos Apoios Sociais, o apoio aos desempregados de longa duração e alguns avanços relativos aos parâmetros do regime contributivo dos trabalhadores a recibos verdes.

O dirigente comunista sublinhou ainda a disponibilidade do Governo para considerar a integração dos trabalhadores com vínculo precário, o que, a concretizar-se, constitui inegavelmente um avanço, muito embora não estejam ainda definidos os critérios a que tal integração obedecerá. Quando ao aumento de 10 euros das pensões e reformas para a «larga maioria dos pensionistas», Jerónimo de Sousa reafirmou a determinação dos comunistas em alargar esta medida ao universo total de reformados e pensionistas, ao mesmo tempo que lembrou a intervenção «contínua e empenhada do PCP» nesta matéria.

Sobre tentativas recentes de outras forças para se apoderarem desta que é uma medida resultante da proposta do PCP e da sua combativa intervenção, Jerónimo de Sousa afirmou que o Partido «não faz questão de pôr o dedo no ar ou assumir protagonismo que não tem». O que garante, acrescentou Jerónimo de Sousa, é que «onde o PCP tem proposta ou fez proposta, estivemos à altura dos compromissos que temos com os trabalhadores e com o povo».

Valorizando os avanços alcançados, mesmo que limitados, o dirigente comunista realçou que «tantos e tantos portugueses precisavam disto, tendo em conta que o governo anterior infernizou as suas vidas, os fez perder o emprego, viram cortadas as suas reformas, as suas pensões, os seus direitos, muitos portugueses perderem as suas casas». Sublinhando que o PCP pretende ir muito mais longe na defesa, reposição e conquista de direitos, o Secretário-geral reafirmou o compromisso do Partido com os trabalhadores e o povo.