Delegações do PCP e da Associação Intervenção Democrática estiveram reunidas anteontem, 22, ao final da manhã. Em cima da mesa estiveram a avaliação da situação política nacional e as perspectivas para as eleições autárquicas do próximo ano.

Quanto a esta última questão, Jerónimo de Sousa realçou aos jornalistas, no final do encontro, que a CDU concorrerá em nome próprio em todo o território nacional, «sem excepções». O Secretário-geral do Partido valorizou a perspectiva de poder contar com a ID na CDU, que considerou um «grande espaço de participação e intervenção de muitos e muitos independentes que estão com este projecto».

Já o representante da ID, João Vicente, reafirmou o compromisso da associação com a CDU, sublinhando a convergência com o PCP naqueles que são os «grandes objectivos políticos» de ambas as organizações. A comprovar o que acabara de dizer, o dirigente da ID afirmou que a actuação do PCP no processo de construção do Orçamento do Estado para 2017 vai ao encontro dos anseios da associação.

Sobre este assunto, Jerónimo de Sousa lembrou estar-se perante um Governo do PS com o seu próprio programa que, pela correlação de forças concreta existente na Assembleia da República, tem que contar com o PCP e o PEV para dar resposta a problemas dos trabalhadores, do povo e do País. Reconhecendo que o PS «não se libertou de constrangimentos externos e internos e tem de dar resposta a esse problema», o dirigente comunista considera que «valeu a pena estar nesta batalha com a nossa contribuição e proposta para levar o PS a considerar matérias e direitos» que não constavam do seu programa.