Acção que vale
Na indústria, na hotelaria, no comércio e nos transportes os sindicatos da CGTP-IN organizam a acção reivindicativa, insistindo na unidade e na mobilização dos trabalhadores, para melhorar salários e defender direitos.
Com unidade, mobilização e luta, é possível vencer a intransigência patronal
Nos vários documentos reivindicativos, é comum a exigência de que passem a efectivos todos os trabalhadores que ocupam postos de trabalho correspondentes a necessidades permanentes das empresas.
Com uma assembleia de dirigentes e delegados sindicais das indústrias químicas agendada para dia 10 de Novembro, em Estarreja, os sindicatos da Fiequimetal/CGTP-IN dedicaram o mês de Outubro à realização de plenários nas empresas.
Para alargar o apoio à proposta reivindicativa para 2017, exigindo aumentos salariais de, pelo menos, 40 euros, e também para que que seja reaberto o processo negocial com vista à celebração de um CCTV (contrato colectivo de trabalho, vertical), foi também lançado um abaixo-assinado.
As bases para a acção reivindicativa foram aprovadas a 16 de Setembro pelo grupo de trabalho da federação para o sector químico.
No encontro nacional de representantes dos trabalhadores do Grupo Auchan (Jumbo e Pão de Açúcar), dia 12, foi decidido realizar até ao fim do ano acções de denúncia pública, à porta de várias lojas. Na resolução do encontro, divulgada pelo CESP/CGTP-IN, é criticada a política de recursos humanos praticada na empresa nos últimos anos, defendendo os dirigentes e delegados sindicais que «a luta é necessária, face à surdez da empresa».
Com várias referências a problemas que decorrem da organização dos horários de trabalho em violação da lei e do contrato colectivo, a rede de hipermercados é acusada de criar «todos os obstáculos» ao exercício do direito a flexibilidade de horário, ao abrigo da lei da parentalidade, sendo citadas ocorrências nas lojas de Gondomar, Maia, Alverca, Canidelo, Amoreiras e Coimbra.
Por outro lado, «as actualizações salariais que a empresa determinou ficaram aquém da sua capacidade económica, não correspondem às justas expectativas dos trabalhadores e não têm em consideração a dimensão e projecção» do Grupo Auchan. Na «folha sindical» em distribuição nos estabelecimentos, o CESP reivindica um aumento de 40 euros sobre a tabela da empresa, subindo os salários-base de todos os trabalhadores, bem como 25 dias de férias e redução da carga horária máxima para 39 horas por semana, a partir de Janeiro.
No dia 17 de Outubro, em Lisboa, no auditório da Inovinter, a Fesaht/CGTP-IN promoveu um encontro nacional sobre contratação colectiva e acção reivindicativa para 2017, nos sectores da agricultura, alimentação e turismo. Além de traçar orientações estratégicas para a intervenção sindical, foram aprovadas as reivindicações a apresentar ao patronato para 2017. Numa nota divulgada pelo Sindicato da Hotelaria do Norte, adianta-se ainda que o encontro permitiu aprofundar a discussão sobre o direito efectivo à negociação da contratação colectiva, para melhorar as respostas a dar aos problemas, por via do reforço das comissões negociadoras e do aprofundamento da unidade e da coesão, para prosseguir a luta.
No final de Setembro, a Fectrans/CGTP-IN e o STRUP desenvolveram iniciativas de esclarecimento e mobilização dos trabalhadores do sector do transporte rodoviário de mercadorias, pelo aumento dos salários e o reforço dos direitos. Na Guia, em Aveiras, na Bobabela, em Pegões e em empresas dos distritos de Coimbra e Santarém, entre 26 e 30 de Setembro, foi distribuído um comunicado da federação, acusando as associações patronais Antram e ANTP de, na negociação para revisão do contrato colectivo, admitirem que são necessários aumentos de salários «mas, quanto ao concreto, ainda nenhuma quis abordar essa questão». Exige-se, assim, a mobilização e envolvimento dos trabalhadores, com quem ia ser abordada a convocação de formas de luta para romper o impasse no processo negocial.